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BC registra queda drástica de investimentos e poupança

24 de junho de 2002

A fraca demanda interna levou a uma lenta recuperação da conjuntura na Alemanha, diz o relatório do Banco Central. O baixo crescimento econômico em 2001 provocou uma forte queda de investimentos.

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O Estado, indústrias e pessoas físicas pouco investiram em 2001Foto: AP

O PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha aumentou 0,2% no primeiro trimestre, em relação ao último de 2001, segundo divulgou o Banco Central Alemão (Bundesbank), no seu relatório de junho. A economia alemã entrou numa "leve recuperação", diz o documento. Ao mesmo tempo, adverte para uma interpretação demasiado otimista, acrescentando que para isso falta uma base mais ampla, pois a reativação se deve principalmente às exportações. A demanda interna continua fraca.

A demanda externa por produtos alemães em março/abril aumentou 2,5%, na comparação com os dois meses anteriores e 4,75%, na comparação anual. Isso se deve ao reaquecimento da conjuntura internacional. Já o volume de encomendas correspondente à demanda interna diminuiu 1,5% em relação a janeiro/fevereiro.

Indústria

- Na indústria prosseguiu "a moderada tendência de reativação dos últimos meses". Aumentou consideravelmente o número de pedidos em abril, o que, porém, não deve ser superestimado, segundo o BC alemão, porque os feriados de Páscoa, este ano, caíram em março. A produção industrial subiu ligeiramente em abril. O aumento em março/abril foi de 0,25% em relação aos meses anteriores. Na comparação anual ela caiu 3,5%.

Investimentos

- O fraco crescimento da economia no ano passado foi acompanhado de uma queda drástica dos investimentos e da poupança. Os investimentos somaram 100 bilhões de euros, o correspondente a cerca de 6% do PIB. O montante foi o menor desde 1991. A redução de investimentos foi observada tanto de parte das empresas como das pessoas físicas e principalmente do Estado, o que o BC explica com a menor arrecadação em virtude da reforma fiscal.

Poupança

- Embora as pessoas físicas tenham aumentado sua poupança em 10 bilhões de euros, investiram somente 4,5% da sua renda, uma baixa recorde. O desinteresse por imóveis foi a principal causa dessa queda. A demanda de empréstimos também caiu no ano passado, alcançando apenas 25% do montante de capital levantado em 1994, quando os alemães estavam no auge do consumo.(ns)