1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

BCE mantém juros da zona do euro em 3,25%

(gh)2 de maio de 2002

Duisenberg teme que aumento de preços impeça cumprimento da meta de manter a inflação anualizada abaixo dos 2%.

https://p.dw.com/p/291d
Duisenberg preocupado com a AlemanhaFoto: AP

"As perspectivas de manter a inflação da zona do euro abaixo dos 2% pioraram desde o final do ano passado. Não é certo que consigamos atingir esta meta", disse o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Wim Duisenberg, nesta quinta-feira (2), em Frankfurt.

Devido às incertezas sobre o ritmo da recuperação da economia européia e às previsões de inflação relativamente alta, o BCE decidiu manter em 3,25% a taxa básica dos juros da zona do euro. A decisão correspondeu às expectativas dos analistas, que, no entanto, esperam uma elevação dos juros até o final do ano.

Duisenberg apontou o elevado preço do petróleo como principal culpado pela más perspectivas econômicas. Ele mostrou-se preocupado também com os acordos coletivos em negociação na Alemanha, maior economia da Europa.

Os trabalhadores da indústria química arrancaram um aumento de 3,6% e os metalúrgicos alemães entram em greve, no próximo dia 6 de maio, reivindicando 6,5%.

Déficit público – O comissário de Assuntos Econômicos da União Européia, Pedro Solbes, conclamou a Alemanha, Portugal, França e Itália a reduzirem seu déficit público. "Esses países precisam cumprir uma tarefa que relegaram a segundo plano nos últimos anos", disse Solbes, em Bruxelas.

Ele repetiu a ameaça de advertência da Comissão Européia contra a Alemanha e Portugal, devido ao seu elevado déficit público. Os ministros das Finanças da UE rejeitaram o envio da chamada "carta azul" aos dois países, que agora estão sendo pressionados a equilibrar suas contas públicas, no mais tardar, até 2004.

Solbes quer fortalecer o papel da Comissão Européia na definição da política econômica do bloco. Ele sugeriu que, futuramente, os países-membros só possam modificar por unanimidade e não por maioria de votos as diretrizes econômicas propostas pela Comissão. "O papel do Parlamento Europeu nas decisões econômicas também deverá ser fortalecido", disse.