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Berlim

16 de março de 2009

Capital alemã é conhecida pelos modos ásperos e rudes de seus habitantes. Ofensiva iniciada durante feira de turismo pretende continuar ideia de tornar a cidade um pouco mais cordial e amena.

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Ofensiva de amabilidade: postais e mapas distribuídos nas ruasFoto: AP

A prefeitura de Berlim iniciou por ocasião da abertura da Feira Internacional de Turismo (ITB) uma nova etapa da campanha Be Berlin (Seja Berlim), uma tentativa de melhorar a imagem da cidade realizada desde 2008. O atual lema da "ofensiva de cordialidade" é "coração e focinho": Schnauze, o termo em alemão para focinho, é usado para caracterizar a rispidez considerada como típica do berlinense.

Da iniciativa participam mil policiais, quase dois mil funcionários do sistema de transporte público, 150 garis e 500 recepcionistas de feiras, além de motoristas de táxi, garçons e outros prestadores de serviços. Eles foram orientados a dar informações de forma cordial, distribuir flyers, cartões-postais e mapas da cidade a quem necessitar e principalmente se mostrar abertos e afáveis. Os prestadores de serviços envolvidos na campanha deverão andar pela cidade com um botton de identificação.

Aberta para o mundo

A meta é "tornar a cidade um pouco mais cordial", diz Rene Gurka, da Berlin Partner, agência que coordena a campanha. Segundo ele, apesar de todos os preconceitos contra os berlinenses, Berlim é, na realidade, uma cidade "voltada para a prestação de serviços, boa anfitriã e aberta ao mundo".

A atual campanha não é a primeira do gênero. Durante a Copa do Mundo de 2006, os motoristas de táxi da cidade receberam um treinamento especial em "inglês e cordialidade". Os cursos foram, na época, coordenados por uma escola de idiomas e por uma associação de taxistas, tendo sido parte de uma campanha nacional pela melhoria dos serviços e por maior amabilidade em todo o país, na qual o Ministério do Interior investiu nada menos que três milhões de euros.

Para ilustrar a rispidez típica do berlinense, circula uma série de anedotas pelo país. Uma delas conta que no ano de 1999, pouco depois da mudança do governo para a nova capital, um representante do Ministério da Defesa entrou num ônibus e cumprimentou o motorista com um sonoro "bom dia". A resposta foi imediata: "O senhor está fazendo hora com a minha cara?".

SV/AS/ap/dpa