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Brasil retorna à CeBIT

Assis Mendonça15 de março de 2003

Depois de uma participação reduzida nos últimos dois anos, o Brasil volta ser representado este ano na CeBIT – a maior feira mundial de computadores e telecomunicação – por um total de 15 empresas.

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A Bematech já tem tradição de vários anos na CeBIT

As pequenas e médias empresas brasileiras do setor de informática, que participam do stand coletivo, contam com o apoio da Hannover Fairs do Brasil (a representação da Feira de Hanôver no Brasil), bem como da Apex (Agência de Promoção de Exportação). Os custos da participação na CeBIT puderam, com isto, ficar em torno de 1800 euros por empresa.

O mercado brasileiro de software está em plena expansão: o prognóstico de crescimento é de até 30% nos próximos dois anos. A participação na CeBIT abre às empresas jovens do setor a possibilidade de posicionar-se também no mercado internacional.

Além das empresas reunidas no pavilhão 1, o Brasil está representado ainda por três outras firmas com stands próprios. A Perto, a Bematech e a Itautec atuam no setor da automação bancária, reunido no pavilhão 18. A Perto e a Bematech já são praticamente expositoras tradicionais na CeBIT, tendo participado da feira desde a década de 90.

Pólo de informática

Cinco empresas da Paraíba do segmento de informática estão participando da CeBIT 2003, no stand coletivo do pavilhão 1. As representantes paraibanas no evento integram o consórcio de exportação de software PBTech. Criado em dezembro do ano passado com o objetivo de promover o desenvolvimento do mercado de software paraibano, o PBTech reúne nove empresas de Campina Grande e uma de João Pessoa.

Além da Agência de Promoção de Exportação (Apex), o financiamento do PBTech é feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), pela Federação das Indústrias da Paraíba, bem como pela Associação Comercial de Campina Grande. Das dez empresas que formam o consórcio, cinco estão presentes na CeBIT: Insiel, Zênite, Era Digital, Decisão e Light Infocon.

O pólo de informática de Campina Grande – cidade localizada a 120 km de João Pessoa – é formado por mais de 100 empresas, que faturam acima de R$ 30 milhões por ano. O setor é responsável por cerca de 500 empregos diretos. As empresas produzem software, hardware, aplicativos, sistemas de segurança e de automação comercial.

Banco de dados paraibano

Uma das principais integrantes do PBTech, a Light Infocon atua há 20 anos nos mercados dos Estados Unidos, da China e da Espanha. "Graças ao consórcio, teremos ainda mais recursos para divulgar nossos produtos no exterior. Além disso, as demais empresas têm produtos complementares, o que facilita o fechamento de um contrato", diz Alexandre Moura, diretor de marketing da Light Infocon.

A Light Infocon desenvolve softwares que servem como banco de dados para as empresas de diferentes portes. Atualmente, a empresa tem mais de 75 produtos registrados no mercado, 40 funcionários e fatura cerca de R$ 5 milhões anualmente. Desse valor, 15% da receita referem-se às exportações. "Estamos em negociação com a França, Alemanha e Itália para a venda do banco de dados LightBase", diz Alexandre Moura. Segundo ele, as vantagens de seus produtos estão na alta tecnologia e baixo custo.