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Bulgária pretende expulsar mil refugiados por tumultos

26 de novembro de 2016

Dois dias após revolta em acampamento, premiê promete deportar o mais breve possível quem não se ativer aos regulamentos búlgaros. Líder de distúrbios seria afegão anteriormente preso por narcotráfico na Alemanha.

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29 policiais e 20 refugiados ficaram feridos nos distúrbios em Harmanli
Vinte e nove policiais e 20 refugiados ficaram feridos nos distúrbios em HarmanliFoto: Reuters/T. Petkov

Refugiados "que não querem respeitar as regras" serão "isolados" nas próximas semanas, anunciou neste sábado (26/11) o primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borisov. A medida, que afetará cerca de mil migrantes, vem em resposta aos distúrbios no acampamento de refugiados de Harmanli, dois dias antes.

Na ocasião, cerca de 1.500 internos, a maioria afegãos, travaram uma luta com a polícia, durante horas, incendiando pneus e apedrejando os agentes, os quais responderam com canhões d'água. Foram presos 400 migrantes, e 20 deles ficaram feridos, assim como 29 policiais. Segundo as autoridades, o estopim da revolta foi a recente proibição de saída do campo.

Segundo Borisov, após o isolamento, todos os migrantes desordeiros serão transferidos para um alojamento fechado, numa antiga caserna próxima à fronteira turca, e "deportados tão logo possível".

Num encontro com os moradores da área, o chefe de governo informou que, a partir do próximo ano, somente famílias da Síria serão acomodadas em Harmanli. Em dezembro deverá partir um primeiro avião levando os oriundos do Afeganistão de volta a seu país.

Segundo fontes de Sófia, o líder dos protestos seria um afegão que antes cumprira pena de prisão na Alemanha por narcotráfico, tendo sido enviado para a Bulgária há quatro meses. "O principal organizador dos tumultos em Harmanli deve ser expulso imediatamente do país", exigiu Borisov.

AV/rtr/dpa