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Bundestag e UE condenam anti-semitismo do presidente iraniano

(gh)16 de dezembro de 2005

O Parlamento alemão e a União Européia condenaram com veemência as declarações do presidente iraniano Mahmud Ahmadinedjad, que classificou o Holocausto como "mito".

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Erler: 'Irã precisa apoiar processo de paz no Oriente Médio'Foto: dpa

O Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) aprovou uma resolução, nesta sexta-feira (16/12), condenando as declarações de Mahmud Ahmadinedjad e defendendo o direito à existência do Estado de Israel. "O governo alemão deve opor-se a qualquer política que ponha em questão esse direito e negue o Holocausto", diz o documento.

"Defendemos incondicionalmente a existência de Israel", disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Gernot Erler. O governo em Berlim conclamou o Irã a aderir à proposta internacional da "coexistência de dois Estados" para solucionar o conflito no Oriente Médio. "O Irã precisa apoiar o processo de paz e deixar de ajudar grupos que propagam a violência", afirmou Erler.

União Européia preocupada

A comparação do Holocausto com um "mito", feita por Ahmadinedjad, também foi condenada pela União Européia. "Essa afirmação é completamente inaceitável e não tem lugar num debate político civilizado", diz uma nota oficial divulgada nesta sexta-feira (16/12), na reunião de cúpula da UE , em Bruxelas.

Os chefes de Estado e de governo europeus lembraram a decisão das Nações Unidas, que condena a negação do Holocausto, e reafirmaram o direito de Israel de "viver em território seguro e reconhecido, com base na solução dos dois Estados".

Os participantes da reunião de cúpula também se manifestaram "profundamente preocupados" com o programa nuclear do Irã. "Teerã não despertou confiança de que utilizará seu programa nuclear apenas para fins pacíficos. A janela do tempo para uma solução pacífica do conflito atômico não ficará aberta eternamente", advertiram.

Assassinatos no Líbano

Detlev Mehlis und Kofi Annan zu Syrien
Mehlis (e) entregou relatório explosivo a Kofi Annan em 20 de outubro passadoFoto: AP

Além disso, a UE decidiu denunciar a "campanha brutal" de assassinatos no Líbano (13 desde o início deste ano) contra cidadãos, jornalistas e dirigentes políticos.

"O Conselho Europeu condena o assassinato de Gébrane Tuéni e seus dois colaboradores [ocorrido na última segunda-feira] . Este assassinato foi o último de uma campanha brutal contra cidadãos, jornalistas e dirigentes políticos libaneses, assim como contra sua liberdade de expressão", diz o comunicado.

Os 25 países-membros da UE mostraram ainda "grande preocupação" com as conclusões do segundo relatório da ONU, elaborado pelo promotor alemão Detlev Mehlis, que confirma "os graves indícios do envolvimento dos serviços de inteligência libanês e sírio" no assassinato do ex-premiê libanês Rafic Hariri. Eles exortaram a Síria a "cooperar de forma incondicional" com o esclarecimento do assassinato de Hariri, em 14 de fevereiro de 2005.