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Cada vez mais estrangeiros entre os executivos na Alemanha

Monika Lohmüller (rw)21 de agosto de 2005

Aumenta o número de estrangeiros entre as lideranças das empresas alemãs. Estudo aponta a importância da internacionalização empresarial.

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Na presidência da alemã RWE fala-se inglêsFoto: AP

Já faz alguns anos que vem crescendo o número de executivos com passaporte estrangeiro entre as 30 principais empresas alemãs registradas na Bolsa de Valores. Segundo um estudo da empresa de consultoria Simon, Kucher & Partner, de Bonn, 20% dos membros das diretorias de empresas alemãs são estrangeiros.

A globalização trouxe muitas mudanças não só às empresas alemãs e seus funcionários. Muitas vagas acabaram extintas, quando não empresas inteiras fechadas. Por outro lado, houve expansões, com a abertura de subsidiárias no exterior ou a aquisição de firmas de outros países. Também a internacionalização é responsável pelo fato de que 20% das lideranças das 30 grandes empresas alemãs representadas no DAX sejam estrangeiros, a maioria suíços ou austríacos.

Linguagem internacional

Esta tendência começou crescer nos últimos cinco anos, revela Christoph Lesch, da empresa de consultoria responsável pelo estudo. "Entre os motivos para o fenômeno, pode-se citar que as próprias empresas vêem nisso uma vantagem. Como estão presentes em todo o mundo, suas lideranças internacionais têm melhor penetração no mercado de capitais e diante dos clientes, por falarem uma linguagem internacional", assinala.

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Foto: BilderBox

O fato de o alemão ainda ser idioma dominante na maioria das empresas do país chega a ser um obstáculo para muitos executivos que vêm de fora, explica Lesch. Segundo ele, o inglês é falado em apenas duas firmas alemãs de grande porte: a Siemens, de Munique, e a RWE, em Essen.

Formas de medir o sucesso

O principal fator em que se pode medir esta internacionalidade é sem dúvida o faturamento, ou seja, quanto se lucra com clientes estrangeiros, destaca o autor do estudo. Outro fator de crucial importância são os próprios funcionários, isto é, a quantidade de trabalhadores que trabalham em subsidiárias no exterior.

"Levando em conta as principais empresas alemãs cotadas na Bolsa de Valores, veremos um enorme nível de internacionalização. Em outras palavras, mais de 70% do faturamento é gerado no exterior e, segundo dados de 2004, 50% dos funcionários já estão no exterior", diz Lesch.

Falta internacionalização nos conselhos fiscais

Estágios e cursos no exterior são o melhor investimento para quem sonha com um cargo de liderança. Sessenta por cento dos membros de diretorias possuem experiência internacional, revelou o estudo feito em Bonn. "Nos cargos ocupados a partir de 2004, constatamos inclusive que esta porcentagem é ainda maior. Acima de tudo o tempo de permanência dos executivos no exterior foi o dobro da média dos empresários de todas as empresas no DAX", conta.

Esta internacionalização, entretanto, não é tão praticada nos conselhos fiscais, lamenta Lesch. Para ele, isto se deve a impedimentos legais e ao pequeno interesse de investidores estrangeiros. Além disso, salienta Lesch, é muito difícil que um sindicato desista de sua representação neste importante órgão fiscalizador.

"Isto aconteceu pela primeira vez no conglomerado teuto-americano DaimlerChrysler, em que o poderoso IG Metall entregou o posto a que tem direito para um sindicato metalúrgico norte-americano", explica Lesch.