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União Européia

dpa (jp)26 de setembro de 2008

Regiões pobres de países membros da UE podem receber auxílio financeiro para promover seu desenvolvimento. A Calábria, no sul da Itália, deverá explicar a Bruxelas por que investiu estes recursos no futebol italiano.

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Seleção Azzurri teria recebido 1,8 milhão de euros provenientes da União EuropéiaFoto: AP

A Comissão Européia deu um prazo de cinco dias para que a região da Calábria explique por que está investindo 1,8 milhão de euros dos fundos recebidos da UE para patrocinar a seleção nacional italiana de futebol.

Segundo a UE, as autoridades locais terão que explicar por que dos 6 milhões de euros que supostamente seriam investidos no desenvolvimento da região como um destino turístico, quase um terço foi parar nas contas da Azzurri, como o time nacional é conhecido.

As regiões que necessitam de auxílio financeiro de Bruxelas têm grande liberdade para decidir como investir os recursos, "mas nós não chegamos com uma mala cheia de dinheiro do contribuinte europeu e dizemos: aqui está, divirtam-se", disse Dennis Abbott, porta-voz da comissária de Política Regional da EU, Danuta Hübner.

De acordo com Abbott, os planos da Calábria para a aplicação dos recursos europeus passarão por uma criteriosa auditoria, e caso os auditores julguem que os investimentos não sejam justificáveis, a região poderá ter que devolver o dinheiro à Comissão Européia.

A UE também criticou a decisão da Calábria de gastar 500 mil euros dos recursos provenientes de Bruxelas para patrocinar uma campanha promocional que tinha como astro o jogador Gennaro Gattuso, do AC Milan, que é natural da região e também um dos mais populares membros da Azzurri.

Gattuso afirmou que o dinheiro será encaminhado à Forza Ragazzi, uma entidade beneficente que constrói instalações para a prática de esportes, numa tentativa de auxiliar os jovens mais pobres da Calábria. No entanto, "é possível que o investimento destinado à fundação administrada pelo jogador não esteja de acordo com as regras européias", indicou Abbott.

As autoridades responsáveis da Calábria têm até dia 29 de setembro para apresentar justificativas de seus gastos.