Caldeirão cultural em Weimar
9 de agosto de 2002Grandes espetáculos na "segunda terra" de Goethe. O 12° Festival Cultural de Weimar traz à cidade alemã por quatro semanas uma série de espetáculos teatrais, concertos, leituras e simpósios.
Aberto na última quarta-feira (7/8) com a apresentação de sete trupes de teatro de rua, o evento foi divulgado em toda a Alemanha. Berço do classicismo alemão, a cidade cujo nome está tradicionalmente ligado a Goethe e Schiller, tem recebido um grande número de turistas desde a reunificação alemã.
Caldeirão -
Entre os convidados internacionais, destaca-se o Balé Gulbekian, de Lisboa, o Ballet du Grand Théâtre de Geneve e a companhia Marie Chouinard, de Montreal. Um caleidoscópio de influências é oferecido aos espectadores da cidade pelo Elisa Monte Dance, conhecido por suas coreografias atléticas e inusitadas.Fundado em 1981 por Elisa Monte e David Brown, ambos ex-membros da companhia de Martha Graham, o grupo reúne bailarinos japoneses, cubanos, eslovacos, sul-africanos, norte-americanos e do Caribe. Misturando clássico com elementos pop e referências etnográficas, a trilha sonora do tanztheater apresentado em Weimar vai de Nina Simone a Steve Reich.
Violência como Tema -
Outra destaque do festival em Weimar é o israelense Kibbutz Contemporary Dance Company, que apresenta a coreografia Screensaver (Descanso de Tela), um comentário sobre o conflito no Oriente Médio. Usando a escalada da violência no país como pano de fundo, o grupo registrou há pouco um número recorde de espectadores em Tel Aviv.O Kibbutz Contemporary Dance, que se tornou uma das melhores companhias de dança contemporânea da atualidade, foi formado a partir de uma trupe de bailarinos amadores no kibbutz Ga‘aton, localizado perto da fronteira libanesa de Yehudit Arnon. Com Screensaver, o grupo introduz pela primeira vez em suas coreografias intervenções dos trabalhos em vídeo de seu diretor Rami Be‘er.
Ainda no programa de dança, está presente em Weimar a companhia catalã Lanònima Imperial. Em Corpo de Sombra e Luz, o coreógrafo Juan Carlos García contrasta imagens dos bailarinos com instalações da artista espanhola Paloma Navares.