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China registra pior crescimento econômico desde 1990

20 de janeiro de 2015

Segunda maior economia do mundo cresceu 7,4% em 2014, menos do que a meta estabelecida pelo governo e do que no ano anterior. Economistas e FMI preveem nova desaceleração em 2015.

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Foto: Getty Images

A economia da China registrou seu pior crescimento em quase um quarto de século em 2014, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira (20/01). Autoridades chinesas descreveram a expansão mais lenta como o "novo normal", e analistas preveem que a desaceleração continue em 2015.

A segunda maior economia do mundo cresceu 7,4%, anunciou a Agência Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), abaixo da meta de crescimento anual de 7,5%, estabelecida pelo governo, e dos 7,7% alcançados em 2013.

"Devemos estar cientes de que a situação nacional e internacional segue complicada e de que o desenvolvimento econômico enfrenta dificuldades e desafios", disse Ma Jiantang, chefe da NBS.

O resultado acumulado do ano foi o pior desde os 3,8% registrados em 1990. Também foi a primeira vez desde 1998, ano seguinte à crise asiática, em que a China não cumpriu a meta anual de crescimento econômico.

Apesar disso e da perspectivam de uma nova desaceleração em 2015, analistas se mostram em grande parte otimistas. "O resultado do PIB de 2014 é melhor do que o esperado pelo mercado e por pouco não atingiu a meta", diz o economista Liu Li-Gang.

Os especialistas do grupo Nomura, por sua vez, acreditam que a tendência é o PIB chinês sofrer uma baixa após um "curto descanso" no fim do ano passado, "dados os desafios domésticos, como controles mais rígidos sobre a dívida do governo e a correção do mercado imobiliário".

Para 2015, economistas consultados pela agência de notícias AFP preveem um crescimento de 7%. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um crescimento de apenas 6,8% em seu mais recente relatório, divulgado nesta terça-feira.

Apesar da desaceleração verificada no ano passado, as autoridades chinesas dizem que pretendem continuar se atendo à trajetória de transformar a economia numa em que o crescimento seja cada vez mais impulsionado pelo consumo em vez de por investimentos. Também pretendem enfatizar a qualidade da expansão em detrimento da quantidade.

A China ultrapassou o Japão como a segunda maior economia mundial em 2010, ficando atrüas apenas dos Estados Unidos. Segundo a NBS, o PIB chinês atingiu 63.650 trilhões de iuanes (cerca de 31,2 trilhões de reais) no ano passado.

PV/ap/afp