1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Exportações

(ab / sv)6 de fevereiro de 2007

Em pouco tempo, a China deverá tomar o lugar da Alemanha como maior nação exportadora do mundo. Cerca de 60% dos lucros, porém, não ficam nas mãos dos chineses, mas de estrangeiros.

https://p.dw.com/p/9obn
Carros chineses prontos para ser exportados no porto de XangaiFoto: AP

O empresariado alemão, tradicionalmente satisfeito com o título de "maior exportador do mundo", conseguiu até 2006 se manter no posto. No entanto, uma pesquisa publicada pelo Instituto Prognos, da Suíça, apontou em fins de janeiro último o fim do domínio alemão no ranking dos exportadores. A partir do próximo ano, a China deve ocupar o lugar de maior nação exportadora do mundo.

"É claro que as exportações alemãs vão continuar crescendo, mas a China deve superar a Alemanha a partir de 2008", diz Bernd Schaaf, que coordena a seção asiática da Agência Federal de Comércio Exterior.

Prestação de serviços

Bank of China Hauptsitz in Peking
Sede do Banco da China, em PequimFoto: AP

Mesmo que a perda do posto de maior exportador pareça, à primeira vista, dolorosa, vários especialistas não vêem muita importância na comparação. Afinal, o ranking internacional de exportações leva em conta apenas a venda de mercadorias, ou seja, máquinas, veículos ou produtos químicos, por exemplo.

Mais de 60% dos alemães, porém, trabalham no setor de prestação de serviços, como bancos, seguros ou empresas de software – áreas cujos serviços vêm sendo oferecidos internacionalmente em escala cada vez maior. "Mas mesmo se incluirmos o setor de serviços, a China deve ocupar o primeiro lugar no ranking, hoje nas mãos dos EUA, no mais tardar em 2010", prevê o especialista Schaaf.

Produtos em questão

Um aspecto que não pode ser ignorado, contudo, é que a China domina algumas áreas do comércio internacional, como o setor de têxteis e eletrônicos, mas está bem atrás no número de exportações de máquinas, produtos químicos e indústria automobilística.

"Nestes setores, os progressos ainda não são altos o suficiente para que a China possa se sobressair na concorrência internacional", observa Gerd Herx, diretor da Agência Federal de Comércio Exterior.

Presença estrangeira

BASF eröffnet ein Werk in Nanjing, zusammen mit dem chinesischen Konzern Sinopec
Usina da BASF em NanjingFoto: presse

Outro detalhe importante é o fato de boa parte das exportações chinesas só ser possível graças à participação de empresas e grupos ocidentais.

Por exemplo: quando um grupo como a alemã BASF tem uma unidade em funcionamento na China e esta vende produtos para outros países da Ásia, as exportações são consideradas chinesas. Ou seja, 60% do número de exportações do país têm bases estrangeiras, tendo sido produzidas em fábricas fora do país ou criadas através de joint ventures de estrangeiros com chineses", lembra Herx.

Os lucros obtidos com as exportações, diga-se de passagem, também nem sempre surtem efeitos no mercado interno – vide os sucessos das exportações alemãs e as altas taxas de desemprego no país. Com relação aos chineses, a situação é semelhante: eles gozam de poucas vantagens imediatas com os altos índices de exportação do país.