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Chrysler e Mitsubishi planejam plataforma conjunta

rw11 de janeiro de 2003

Poucos dias após o anúncio de uma fábrica comum de motores para a Chrysler, Mitsubishi e Hyundai, agora Chrysler e Mitsubishi pretendem aprofundar a parceria na próxima geração de plataformas.

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Sede da DaimlerChrysler, em StuttgartFoto: AP

A participação do consórcio teuto-americano na Mitsubishi é de 37% e de 10% na Hyundai. O presidente da Chrysler, Wolfgang Bernhard, anunciou durante o Salão de Detroit esforços conjuntos com a Mitsubishi no desenvolvimento de um conceito para veículos de médio porte (segmentos B e C).

O jornal alemão Handelsblatt, especializado em economia, adiantou que o objetivo das duas montadoras é ampliar a plataforma de tal maneira, que possibilite a fabricação de mais de um milhão de automóveis. A porcentagem de peças comuns poderia varias entre 50% e 80%. O limite seria o ponto em que as marcas começariam a perder a identidade, explicou Bernhard. "Tudo o que o cliente pode ver e sentir está excluído da mudança", garante.

Para a tração, há planos de instalar o motor universal de quatro cilindros, do qual seriam produzidas 1,5 milhão de unidades por ano nos Estados Unidos. A prioridade é garantir a lucratividade a longo prazo com uma ação coordenada entre as diversas marcas da DaimlerChrysler.

Um passo neste sentido foi dado no início do ano. Desde janeiro, a Mercedes Car Group centraliza os negócios dos carros Mercedes-Benz, Smart, Maybach e das submarcas Mercedes-Benz AMG e Mercedes-Benz-McLaren.

Tradição das marcas alemãs

Segundo o chefe executivo do Grupo Chrysler, 2002 foi um ano bastante positivo. Nos nove primeiros meses do ano que passou, a empresa faturou 1,2 bilhão de euros. "No final do ano, contudo, houve uma drástica queda nas vendas, devido à guerra de mercado, com descontos e financiamentos a juros baixos, oferecidos pela GM, Ford e Chrysler nos EUA", reclama Dieter Zetsche.

O trunfo dos carros alemães para vencer esta concorrência, segundo o empresário, é a tradição das marcas alemãs e a confiança nos carros "made in Germany". Embora ainda não se quisesse pronunciar sobre as perspectivas em relação ao ano corrente, o executivo do Grupo Chrysler acha que o objetivo de 2 bilhões de euros pode ser atingido.

Esta meta, entretanto, ainda depende de alguns fatores. Entre eles, Zetsche cita o desenvolvimento do mercado, conseqüências da guerra de preços nos Estados Unidos e dos acordos salariais dos trabalhadores norte-americanos.

Por outro lado, a DaimlerChrysler está negociando na China a composição de uma joint venture para a fabricação do Mercedes naquele país. A versão para a Europa do Wall Street Journal publicou em sua edição da última quinta-feira (9) que a cooperação prevê apenas a montagem final de 20 a 30 mil veículos das classes C e E ao ano por trabalhadores chineses. As negociações devem ser encerradas ainda no decorrer de 2003, noticia o jornal.