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Cinco anos de prisão para envolvido em seqüestro de milionário

12 de abril de 2002

Fisioterapeuta condenado não participou no seqüestro, mas funcionou como mensageiro na lavagem do resgate.

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Jan Philipp Reemtsma foi seqüestrado em 1996Foto: AP

Seis anos após o seqüestro do milionário Jan Philipp Reemtsma, o Tribunal Regional de Aachen condenou um cúmplice do seqüestrador Thomas Drach a cinco anos de prisão. O tribunal considerou o fato de o réu não ter antecedentes criminais e de ter confessado "sem se poupar". O fisioterapeuta de 34 anos foi condenado por lavagem de dinheiro, instigação ao homicídio em seis casos e infração contra a lei do porte de armas.

Segundo o juiz, o réu nada mais foi que um pequeno parafuso na enorme engrenagem criada pela quadrilha envolvida no seqüestro de Reemtsma. Quando o acusado começou a trabalhar para o bando, em 1999, o chefe da quadrilha, Drach, já estava preso.

O imbróglio

- O fisioterapeuta concordou em guardar parte do resgate, chegando a esconder no porão de seu consultório, em Aachen, um terço da quantia total de 30 milhões de marcos (15,34 milhões de euros). No ano de 2000, realizou duas viagens a Madri, ocasiões em que se sentiu "como num filme de James Bond", levando consigo de cada vez três milhões de francos suíços (1,5 milhão de euros). Depois buscou esse dinheiro de volta, sempre a mando de outros componentes da quadrilha, e o entregou a um desconhecido.

Meses mais tarde, quando o pessoal quis que ele devolvesse 750 mil dólares que ainda deveriam estar em seu poder, ele levou um susto, porque já tinha embolsado 100 mil dólares. Para que a fraude não fosse descoberta, pediu a um amigo para matar as seis pessoas que iam apanhar o dinheiro. Como o amigo não concordou, os dois combinaram fingir um assalto. O fisioterapeuta alegaria que a quantia desaparecida lhe fora roubada nesse assalto. Mas ele acabou sendo gravemente ferido nesse assalto encenado, e o amigo, arrependido, entregou-se à polícia.

Para coroar a história, o réu sente-se agora ameaçado, porque sua prisão acabou conduzindo a outros envolvidos no caso. Para protegê-lo, a Justiça só divulgou parte de seu nome: Thomas S.

O caso

– O seqüestro de Reemtsma é um dos casos policiais mais espetaculares da Alemanha no pós-guerra. O milionário foi seqüestrado em maio de 1996, em Hamburgo, e solto somente 33 dias mais tarde, após o pagamento de um resgate recorde de 30 milhões de marcos. O seqüestrador, Thomas Drach, foi condenado a 14 anos e meio de prisão, depois de ser extraditado pela Argentina, para onde havia fugido. (lk)