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Cinco cidades já podem se considerar sedes do mundial de 2006

26 de dezembro de 2001

Das 16 candidatas, somente 12 cidades serão escolhidas para ser palco da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Berlim, Munique, Dortmund, Stuttgart e Leipzig dificilmente ficarão de fora da lista.

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Leipzig tem como trunfo ser a única candidata do LesteFoto: AP

A poucos meses do anúncio oficial das cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2006, o resultado das seleção de 12 das 16 candidatas já parece previsível, embora o comitê organizador afirme estar diante de uma difícil escolha. Membros do júri responsável pela definição dão sinais de que Berlim, Munique, Dortmund, Stuttgart e Leipzig podem considerar-se hour concours.

Todas as 16 cidades fizeram o primeiro dever de casa e capricharam na apresentação da candidatura oficial. "Tenho de confessar, ter de tomar uma decisão me incomoda desde já", afirma Wolfgang Niersbach, vice-presidente do comitê organizador.

O presidente Franz Beckenbauer também lamenta ter de eliminar quatro candidaturas. "Preferíamos que somente 12 cidades tivessem se apresentado, pois não teríamos de dar a má notícia do corte a ninguém", diz o Kaiser do futebol alemão.

Para tentar facilitar a seleção, o secretário-geral da Federação Alemã de Futebol (DFB) e também vice-presidente do comitê organizador, Horst Schmidt, ampliou e detalhou minuciosamente alguns pontos da lista de exigências elaborada pela DFB e a Fifa. Mas todas as candidatas prometem ser alunas exemplares.

Favoritas

– Mesmo se todas cumprirem os critérios técnicos, Berlim, Munique, Dortmund, Stuttgart e Leipzig parecem garantidas. Todos dão como certo que a capital alemã abrigará a final da copa. Como "capital do futebol alemão", Munique deverá ser palco da partida de abertura, embora os clubes Bayern e 1860 ainda nem sequer tenham escolhido o projeto arquitetônico do novo estádio da cidade.

Especula-se que uma das semifinais seria disputada em Munique ou Stuttgart, ficando a outra certamente em Dortmund. O Borussia planeja investir 70 milhões de marcos (US$ 32 milhões) na ampliação da capacidade do Westfalenstadion para 60 mil espectadores, mínimo exigido pela Fifa para uma semifinal. "Dortmund receberá meu voto", revela o ex-jogador e comentarista esportivo Günter Netzer, membro do conselho fiscal do comitê organizador.

Mesmo sem ter time na primeira divisão do Campeonato Alemão, Leipzig provavelmente não precisa temer ser cortada. É a única cidade do Leste alemão a candidatar-se, um trunfo que o júri não poderá ignorar.

Também na briga

– Fortes candidatas são Düsseldorf e Frankfurt, que disputam também com Berlim, Munique e Leipzig a hospedagem do centro internacional de imprensa. Quem ganhar esta briga ficará com um dos filé mignons da copa. "A cidade que ficar com o centro de imprensa terá propaganda grátis no mundo todo e seus hotéis terão 100% de ocupação durante pelo menos seis meses", prevê Niersbach. Munique desponta como favorita nesta briga.

Gelsenkirchen e Hamburgo têm como vantagem na disputa por sediar jogos o fato de já ter estádios prontos. Tanto o AufSchalke, inaugurado este ano, quanto o reformado Volksparkstadion (rebatizado de AOL-Arena) cumprem as exigências da Fifa. Sua aprovação parece mera formalidade.

Hanôver também surge com grandes chances, após já ter hospedado partidas na Copa do Mundo de 1974 na Eurocopa de 1988. Além do mais, deve pesar na decisão que o atual chanceler federal, Gerhard Schröder, foi governador da Baixa Saxônia durante muitos anos.

Correndo por fora

– Colônia e Kaiserslautern não possuem cartas tão boas, mas as perspectivas são otimistas, seja pelo tamanho, localização geográfica ou tradição de seus clubes de futebol. As duas cidades aproveitam o recesso de inverno do futebol alemão para começar a reformar seus estádios.

Nesta corrida, Leverkusen, Bremen, Nurembergue e Mönchengladbach podem ser apontadas como zebras. Bremen sofre com a concorrência da quase vizinha Hamburgo. Leverkusen tem o mesmo problema, situada entre Colônia, Düsseldorf e Dortmund. Assim como a própria cidade, o estádio Bay-Arena é pequeno (22,5 mil lugares) para os padrões da Fifa e a direção do Bayer Leverkusen resiste a uma ampliação.

A decisão será tomada em abril. Dela participarão não só os quatro membros do comitê organizador, mas também os sete do conselho fiscal, em acordo com a Fifa. (mw)