1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Coalizão de governo não tem maioria de votos

Estelina Farias27 de dezembro de 2001

Em virtude da situação econômica na Alemanha, instituto de pesquisa não exclui uma mudança de governo. O país encontra-se à beira de uma recessão com índice de desemprego de 9,2% e tendência de alta.

https://p.dw.com/p/1YoD
Edmund Stoiber e Angela Merkel disputam candidatura a chefia do governo alemãoFoto: AP

Nove meses antes da eleição de um novo Parlamento e do governo da Alemanha, a coalizão governamental chefiada por Gerhard Schröder não tem o apoio da maioria de população. Se os eleitores fossem chamados às urnas na virada do ano, os partidos social-democrata (SPD) e Verde receberiam juntos só 42% dos votos, segundo o resultado de uma pesquisa sobre preferência de votos divulgada pelo instituto Allensbach nesta quinta-feira (28).

Os democrata-cristãos (CDU), social-cristãos (CSU) e o Partido Liberal (FPD), que formavam a coalizão de governo anterior, estão agora à frente com 46,6% das preferências de voto.

A diretora do Allensbach, Elizabeth Noelle-Neumann, esclareceu que, em virtude do ceticismo da população com o desenvolvimento econômico, não é de se excluir uma mudança de governo após o pleito de 22 de setembro de 2002. A esquerda e a direita estão quase empatadas nas preferências de voto. Os partidos governistas SPD e Verde junto com o neocomunista PDS só teriam 2% de votos a mais que os concorrentes da oposição conservadora CDU, CSU e FDP. Estes governaram a Alemanha durante 16 anos, até 1998, sob a chefia do democrata-cristão Helmut Kohl.

Se as eleições fossem realizadas agora, o SPD presidido pelo chanceler federal Schröder ganharia 35,4% dos votos. Os partidos irmãos CDU e CSU ficariam em segundo lugar com 35,1%, o Verde teria 11,5% e o Liberal 6,6%.

Candidatura

– Decisivo para o desempenho eleitoral dos democrata-cristãos e social-cristãos, segundo Noelle-Neumann, é o candidato à chefia do governo. Todas as pesquisas indicam que a única chance de derrubar o governo Schröder por meio das urnas seria uma candidatura do governador da Baviera e presidente da CSU, Edmund Stoiber, para chanceler federal. Sua concorrente é a presidenta da CDU, Angela Merkel, da ex-República Democrática Alemã e afilhada política de Kohl. Os dois partidos querem indicar o seu candidato único a chefe do governo até 20 de janeiro, no mais tardar.