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Colômbia desarticula rede ilegal de mineração das Farc

12 de maio de 2015

Atividades ilícitas em cinco estados do país geravam rendas milionárias para os guerrilheiros. Um grupo de brasileiros está entre os 59 detidos nas operações, que envolveram cerca de 500 agentes das forcas de segurança.

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Kolumbien FARC
Foto: picture-alliance/dpa/Christian Escobar Mora/

Autoridades colombianas desarticularam uma rede de mineração ilegal que gerava rendas milionárias para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Fontes do governo confirmaram nesta segunda-feira (11/05) que 59 pessoas foram detidas, entre elas, alguns guerrilheiros e brasileiros que participavam das atividades nas zonas de fronteira.

O ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, informou que as operações, "conseguiram impedir que mais de 20 milhões de pesos [quase 8,5 milhões de dólares] ingressassem nos cofres" da Farc. Cerca de 500 agentes de segurança participaram da ação, apoiados por 22 aeronaves e quase uma dezena de embarcações.

"A mineração criminosa tem se transformado na principal fonte de financiamento de muitas das atividades dos grupos terroristas, organizações criminosas e do crime organizado", afirmou Pinzón.

Segundo o ministro, esse seria o "golpe mais duro contra a mineração ilegal na última década". Nas operações, nos estados de Guainía, Vichada, Vaupés, Guaviare e Caquetá, foram encontradas 63 jazidas de tungstênio, ouro e coltan.

O ministro afirmou que os detidos, entre eles 12 suspeitos de serem guerrilheiros das Farc, serão processados por invasão de áreas protegidas, porte ilegal de armas, danificação de recursos naturais, contaminação ambiental e exploração ilícita de jazidas minerais. Também são acusados de recrutamento ilícito de menores, extorsão e tráfico de drogas.

O governo do presidente Juan Manuel Santos e as Farc iniciaram em 2012 um processo de paz com as Farc, intermediado por Cuba, para pôr fim ao conflito armado no país, que já dura meio século.

RC/efe/dpa