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Comércio atacadista alemão em crise

(pc)27 de agosto de 2002

O faturamento do comércio atacadista alemão regrediu ou estagnou em mais de 70% das empresas.

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As exportações continuam em altaFoto: AP

Em 2002, o crescimento de todo o setor será praticamente zero, afirmou Anton Börner, presidente da Federação Alemã do Comércio Atacadista e Exterior (BGA), nesta terça-feira (27/8) em Berlim. Os comerciantes não acreditam que a situação possa se reverter após as eleições parlamentares. A Alemanha escolherá um novo Parlamento, no dia 22 de setembro, que vai eleger um novo governo.

No mês de abril, a BGA havia prognosticado que o comércio atacadista iria crescer 0,9% em 2002. Em junho, baixou sua previsão para 0,6% e agora, no mês de agosto, para apenas 0,5%. A principal causa é a recessão no comércio varejista. Para o próximo ano, a BGA prevê crescimento de 1,5%. Para o comércio exterior alemão, foi mantida a previsão de 5% de crescimento.

Abaixo das previsões do governo

Estes prognósticos estão muito abaixo das expectativas do governo federal. Berlim estima, oficialmente, que o PIB alemão crescerá 0,75% em 2002 e 2,5% em 2003.

A Federação do Comércio Atacadista e Exterior vê a conjuntura sob outro prisma. A entidade consultou 1029 empresários: 70% reclamaram que o faturamento diminuiu ou estagnou. A fraca conjuntura pressiona as receitas, os investimentos e a ocupação da mão-de-obra, afirmou Börner.

42% dos empresários prevêem uma queda das receitas; 89% afirmam que não contratarão nenhum funcionário em 2002 e 80% não cogitam fazer nenhuma nova admissão em 2003. 25% dos empresários cortaram seus investimentos em 2002. Apenas 13% pensam em investir no próximo ano.

Críticas à política econômica

Para 70% dos empresários consultados pela BGA, o governo da coalizão de social-democratas e ecologistas pioraram as condições econômicas da Alemanha. Na opinião do presidente da Federação, seria necessário reformar o sistema de seguridade social, desburocratizar e flexibilizar o mercado de trabalho, bem como diminuir os encargos sociais e fiscais.

Concretamente, os comerciantes propõem o fim das restrições ao trabalho em tempo parcial e aos contratos de trabalho temporár