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Comércio varejista alemão prevê queda em 2002

Paulo Chagas23 de janeiro de 2002

Presidente da Associação do Comércio Varejista diz que a Alemanha já se encontra em recessão

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A Alemanha é o país mais afetado pelo enfraquecimento da conjuntura mundial, na opinião da Associação do Comércio Varejista. A situação é preocupante, admitiu Hermann Franzen, presidente da Associação, hoje em Berlim.

Franzen acredita que o PIB alemão não deve ter aumentado mais no corrente trimestre, e que o país já está entrando numa recessão.

Em 2001, o faturamento do comércio varejista deverá crescer apenas 1%, com faturamento de 379 bilhões de euros, o que representa uma queda real de 0,5%. O setor emprega 2,8 milhões de pessoas, ou seja 20.000 a menos do que há um ano. A previsão para 2002 aponta uma queda real de 1,5% do faturamento.

A única forma de aumentar o consumo e compensar a falta de investimentos, segundo Franzen, seria uma redução dos impostos. Ele estima que esta medida criaria, a curto prazo, meio milhão de novos postos de trabalhos e daria novo impulso ao consumo.

Ataques terroristas aumentaram a tendência negativa de consumo

No início de 2000, o comércio varejista ainda estava otimista e previa um aumento do consumo na Alemanha, que estava estagnado há alguns anos. O otimismo baseava-se no crescimento econômico e na reforma fiscal do governo federal, que aliviou a carga do contribuinte em 45 bilhões de marcos (R$ 56,615 bilhões).

“Hoje, 9 meses depois, pouco restou deste otimismo”, afirmou o presidente da Associação do Comércio Varejista. “O aumento do custo da energia, no primeiro semestre, corroeu o efeito positivo da reforma fiscal. O consumidor alemão mostrou-se reticente e consciente do preço a pagar”.

Os ataques terroristas nos Estados Unidos não provocaram pânico, mas reforçaram a tendência negativa do consumo. O cidadão, com medo, passou a economizar. As vendas de Natal, que desde há alguns anos estão em queda, este ano, também, não inspiram grande otimismo. Diante da fraca conjuntura, muitas empresas já anunciaram que diminuirão o décimo-terceiro.