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Economistas pedem corte de impostos na Alemanha

16 de abril de 2015

Principais institutos econômicos do país revisam para cima crescimento do PIB e sugerem que governo aproveite bom momento para aliviar carga tributária. Isso estimularia ainda mais o consumo, asseguram.

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Foto: picture-alliance/dpa/D. Naupold

Os principais institutos de economia da Alemanha recomendaram nesta quinta-feira (16/04) que o país aproveite o bom momento econômico e a solidez das finanças públicas para cortar impostos. A redução sugerida custaria cerca de 25 bilhões de euros por ano aos cofres públicos. Os principais beneficiados seriam os contribuintes com ganhos baixos e médios.

Se levada adiante, a redução da carga tributária estimularia ainda mais o consumo interno, o que, por sua vez, impulsionaria ainda mais o crescimento econômico, sugerem os economistas.

Neste momento, o consumo interno é o principal pilar do crescimento econômico alemão. Ele é estimulado pelos ganhos salariais, pela baixa inflação e pela queda no preço do petróleo. A boa situação do mercado de trabalho também favorece o consumo. O índice de desemprego deve seguir baixo e alcançar 6,43% neste ano e 5,9% em 2016.

Os economistas defendem a realização de uma reforma no imposto de renda, ampliando o valor livre de impostos e, consequentemente, alterando também as faixas de renda para cálculo do imposto.

Na Alemanha, a alíquota máxima passa a valer já para ganhos anuais líquidos de cerca de 50 mil euros. O imposto de renda no país é um dos quatro maiores entre os 34 países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Os economistas esperam um superávit fiscal de 0,7% neste ano e, para 2016, de 0,8%. A economia feita pelo governo federal, de mais de 20 bilhões de euros, poderia dar margem para a desoneração da carga tributária dos trabalhadores, afirmam.

Para Oliver Holtemöller, do instituto econômico IWH, de Halle, as reformas não precisam ser necessariamente feitas de uma vez. Elas poderiam ser realizadas em várias etapas, como as aprovadas durante o primeiro governo do ex-chanceler federal Gerhard Schröder (1998-2002).

O relatório foi elaborado pelos institutos DIW, IWH, IFO e RWI e apresentado em Berlim.

Alta do PIB

O crescimento econômico foi revisado para cima pelos economistas: a Alemanha deverá crescer 2,1% em 2015, frente a 1,2% da estimativa anterior, há alguns meses. Para 2016, os especialistas esperam uma alta de 1,8% no Produto Interno Bruto (PIB).

Estima-se que o consumo interno crescerá 2,5% neste ano e 1,6% em 2016. Para este ano, os economistas preveem inflação de 0,5% e, para 2016, de 1,3%.

Porém, nem tudo é positivo. Os especialistas veem alguns riscos para a economia alemã por conta da esperada elevação dos juros nos Estados Unidos e do crescimento econômico incerto da China.

Os conflitos no leste da Ucrânia e nos países árabes podem contribuir para o aumento do preço do barril de petróleo ou gerar turbulências nos mercados financeiros. Para os especialistas, os problemas econômicos da Grécia também são um risco para o crescimento alemão.

FC/rtr/efe/dpa