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Começa julgamento rápido de acusados de estupro coletivo na Índia

21 de janeiro de 2013

Promotoria diz que exames de DNA comprovam envolvimento de todos os acusados no crime. Defesa acusa polícia de fabricar indícios e reagir a "fúria popular".

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Foto: dapd

Começou nesta segunda-feira (21/01) o julgamento dos cinco acusados de estuprar e matar uma estudante na Índia, em dezembro do ano passado. O processo está sendo realizado em um tribunal rápido, específico para crimes contra a mulher, em Nova Déli. Um menor de 17 anos, que também teria participado do crime, será julgado separadamente.

De acordo com a promotoria, exames de DNA feitos a partir de amostras de sangue colhidas nas roupas de todos os acusados são suficientes para uma condenação. Rajiv Mohan, promotor Sênior, disse que vai pedir pena de morte para os réus.

A vítima, uma estudante de fisioterapia de 23 anos, voltava do cinema com o namorado quando foi estuprada dentro de um ônibus. Ela morreu em um hospital de Cingapura, 13 dias após o crime.

O caso chocou o país e provocou protestos. A presidente do majoritário Partido do Congresso da Índia, Sonia Gandhi, disse em discurso neste domingo (20/01) que "não se pode tolerar mentalidades sociais tão vergonhosas que levam a atrocidades indescritíveis contra mulheres e crianças. Toda mulher no país tem o direito fundamental de se sentir segura".

Dois dos quatro advogados de defesa alegam que os réus adultos foram torturados na prisão para confessarem. Eles argumentam também que a polícia só começou a investigação depois de manifestações populares e que as provas de DNA foram "fabricadas".

A mãe da jovem morta disse a um jornal indiano que só ficará satisfeita quando os acusados forem punidos. "Pelo que fizeram a ela, eles merecem morrer."

MC/dpa/afp/rtr
Revisão: Francis França