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Conforto e estilo entre quatro paredes

Alessandra Andrade20 de janeiro de 2002

As novidades da Feira Internacional de Móveis de Colônia. Designers apostam nas cores e descomplicam as formas.

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Cadeira "Peel" (Noruega) em exposição na Feira de ColôniaFoto: AP

Bem-estar e muito estilo. Essas são as palavras de ordem da indústria moveleira para este ano. A Feira Internacional de Móveis de Colônia, que abriu suas portas ao público nesta semana, expõe as últimas tendências e novidades na área de decoração de interiores. No total, são 1450 expositores de cerca de 50 países, reunidos até 20 de fevereiro para mostrar seus produtos para especialistas e curiosos.

Para seduzir os consumidores, designers e produtores investiram em qualidade e criatividade. Vale abusar das luzes, ousar nas cores e juntar diferentes estilos. O vermelho vem tomar o lugar das cores pastéis da última estação e aparece ao lado de outras mais alegres como um "sinal de otimismo", explica Dirk-Uwe Klaas da Associação da Indústria Moveleira alemã.

A mistura de estilos significa também uma combinação de diferentes materiais, desde os naturais, como bambu e junco, aos mais artificiais, como o plástico. Da mesma forma, "hoje as pessoas fazem um mix de estilos, colocando lado a lado antigüidades e móveis modernos", acrescenta Lothar Weinmiller, diretor da Federação do Comércio de Móveis.

Os especialistas não fugiram aos fundamentos do bom e verdadeiro projeto de design que presa a beleza, aliada à funcionalidade. Os móveis ganham formas mais simples e fáceis de montar e transportar. Klaas comenta que "ótica e efeito, qualidade e função encontram-se em primeira instância" e exemplifica que "os sofás voltaram a ser maçicos e estofados e os cantos passaram a ser preenchidos por formas arredondadas com estilo e precisão".

Na hora de sacudir a poeira

Apesar da beleza e do conforto oferecido pelos expositores da feira, não vai ser fácil convencer os alemães a se desfazerem de seus móveis antigos. No geral, os estofados permanecem por oito anos nas casas alemãs e a mobília da cozinha dura até 20 anos sem alterações. Além disso, na hora de cortar gastos, os móveis freqüentemente ocupam o topo da lista. "Todo mundo tem uma poltrona para sentar, mesmo que ela já pudesse ter sido trocada há anos", comenta Weinmiller. Por esse motivo, a indústria moveleira alemã permaneceu no vermelho nos últimos anos, registrando uma queda de 4,5% nas vendas. Por outro lado, uma pesquisa recente mostrou que 30% dos alemães já estão cansados de seus sofás e gostariam de trocá-los. Enquanto esses números continuarem sendo dados estatísticos, só resta aos alemães mudar a posição da mobília e sacudir a poeira.