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Continental vai fabricar pneus na Bahia

lk17 de março de 2004

Dando continuidade a sua estratégia de expandir em mercados de mão-de-obra barata, a empresa vai criar uma unidade de produção no Brasil e reforçar sua presença na Malásia.

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Um em cada quatro automóveis novos da Europa sai da fábrica com pneus da ContiFoto: AP

Na busca de locação para uma nova unidade fabril na América Latina, a Continental — único dos grandes fabricantes de pneus sem produção no Brasil — decidiu-se pela Bahia. Contando já com fábricas na Argentina, Equador e México, o quarto maior produtor de pneus do mundo vai abrir uma nova unidade no Pólo Petroquímico de Camaçari.

Com início de produção de pneus para automóveis previsto para fins de 2005 ou princípio de 2006, e de pneus para caminhões para um ano mais tarde, a nova fábrica vai criar mais de 1000 postos de trabalho naquele Estado brasileiro.

De olho no mercado norte-americano

A produção será destinada em grande parte à exportação, tendo em vista o mercado na Área de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Principalmente nos Estados Unidos, a Continental vem registrando prejuízos há anos. A participação no mercado de pneus da Nafta deve aumentar em 11%, até 2008, para 382 milhões de pneus de veículos de passeio, afirma Martien de Louw, diretor do setor de pneus da empresa sediada em Hanôver.

Estratégia empresarial

No Leste Europeu, a Continental já tem unidades de produção há alguns anos. A estratégia de expandir em países de mão-de-obra barata, iniciada pelo presidente da empresa, Manfred Wennemer, inclui agora também a ampliação de uma joint venture com a Sami Darby na Malásia.

Com investimentos totais de 250 milhões de euros, a criação da fábrica no Brasil e a expansão na Ásia vão permitir aumentar a produção anual de pneus para automóveis em sete milhões e para caminhões em 700 mil unidades até 2008.

Desatrelar-se do euro forte e da fraca conjuntura no mercado de automóveis permitiu à empresa reverter a situação e livrar-se dos prejuízos. Embora Wennemer se declare pessimista quanto às perspectivas de vendas de veículos na América do Norte e na Europa Ocidental em 2004, a Continental conseguiu aumentar faturamento e lucros nos dois primeiros meses do ano. E os resultados provisórios de 2003 são os melhores da história da empresa, apontando para lucros de mais de 800 milhões de euros (em 2002, 694 milhões de euros).