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Crise econômica afeta o esporte

(pc)5 de agosto de 2003

Após muitos anos de vacas gordas, o esporte profissional alemão está sentido os efeitos da crise econômica. Os patrocinadores minguaram e os lucros diminuíram.

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Copa do Mundo de 2006: esperança de grandes negóciosFoto: AP

A falência do grupo de mídia Kirch, que detinha os direitos de transmissão de tevê do Campeonato Alemão, deixou claro a fragilidade dos clubes de futebol alemão e a dependência das receitas de tevê, para pagar os salários milionários dos craques.

Ao contrário do Brasil, o Campeonato Alemão conta com uma excelente afluência aos estádios: em 2002, mais de 10 milhões de torcedores pagaram ingresso para assistir os 306 da primeira divisão. Mas esta receita não é suficiente para equilibrar o orçamento.

Em 2003, a busca de patrocinadores revelou-se também difícil. Alguns clubes da primeira divisão, como o Hamburgo e o Colônia, só conseguiram contratos de patrocínio para a camisa na última hora.

Foi-se o tempo, também, em que os jogadores conseguiam facilmente renovar os contratos e impor aumentos salariais. Cerca de 200 atletas estavam desempregados antes do início da temporada 2003/2004.

Patrocinadores abandonam a Fórmula 1

A fórmula 1 é o segundo esporte na preferência dos alemães, depois do futebol. Mas nem a performance dos irmãos Michael e Ralf Schumacher e nem o engajamento das montadoras alemães, como a Mercedes e a BMW, conseguiram segurar os patrocinadores.

Algumas empresas que investiram em publicidade na Fórmula 1, como a T-Online, a Veltins e a Ratiopharm, não renovaram seus contratos de patrocínio em 2003. As escuderias não vinculadas diretamente a montadoras estão tendo dificuldade em sobreviver economicamente.

Mercado de 27 bilhões de euros

Apesar da fraca conjuntura, o esporte representa um poderoso mercado na Alemanha, movimentando cerca de 27 bilhões de euros anualmente. Isto representa 1,4% do PIB alemão.

Os alemães gastam anualmente 21 bilhões de euros com o esporte; 75% da população assiste regularmente as transmissões de tevê de eventos esportivos e 40% pratica esporte.

Na Alemanha há 87.000 clubes e associações esportivas com 27 milhões de sócios. Cerca de 780.000 pessoas vivem diretamente do esporte, por exemplo trabalhando como treinadores.

Copa do Mundo de 2006 e Jogos Olímpicos de 2012

A Copa do Mundo de 2006 representa uma verdadeira galinha dos ovos de ouro, não apenas para o futebol profissional, como para outros setores econômicos: hotéis, restaurantes, construção civil, etc. Segundo os analistas, os lucros com a Copa para a economia alemã chegarão a 5 bilhões de euros.

Os alemães estão sonhando, também, em acolher os Jogos Olímpicos de 2012. Leipzig é uma das candidatas, mas terá de enfrentar fortes concorrentes como Paris, Londres, Nova Iorque e Rio de Janeiro.

Entretanto, do ponto de vista econômico, a candidatura de Leipzig já compensa, explica o prefeito, Wolfgang Tiefensee. A imagem da cidade se valoriza e milionários investimentos estão sendo realizados em instalações esportivas e infra-estrutura