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Curdos iniciam ofensiva para libertar Raqqa

6 de novembro de 2016

Forças curdo-árabes anunciam operação para recuperar principal reduto do "Estado Islâmico" na Síria. Cidade é considerada capital não oficial do grupo terrorista.

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Membros das FSD anunciam ofensiva para libertar RaqqaFoto: Getty Images/AFP/D. Souleiman

As Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada curdo-árabe apoiada pelos Estados Unidos, anunciaram neste domingo (06/11) o início de uma "ampla campanha militar" para libertar a cidade de Raqqa, o principal reduto do grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) na Síria e capital não oficial do autodenominado califado.

"A grande batalha para a libertação de Raqqa e seu entorno começou", afirmaram as FSD em coletiva de imprensa em Ain Issa, a cerca de 50 quilômetros do reduto do EI na Síria.

A ofensiva batizada de "Ira do Eufrates" se iniciou na noite anterior. Segunda uma porta-voz das FSD, a segurança de civis tem prioridade. Em nota divulgada em sua página oficial do Facebook, as forças curdas especificam que, numa primeira fase, a cidade será isolada, para posteriormente entrar-se nela.

Além disso, as FSD solicitaram o apoio das forças internacionais e pediram a organizações humanitárias que se preparem para auxiliar os moradores de Raqqa.

No mesmo comunicado, a aliança apoiada por Washington pediu que a população civil se mantenha distante das posições ocupadas pelo EI, já que serão alvo das FSD, assim como da coalizão internacional.

As FSD convidaram os moradores da cidade a se juntarem "às fileiras das forças libertadoras". Por volta de 80% dos 30 mil combatentes que participam da atual operação são civis que fugiram de Raqqa.

"As FSD e suas facções, formadas por árabes, curdos e turcomanos, libertarão a capital da organização terrorista em coordenação com as Unidades de Proteção do Povo (YPG, sigla em curdo), as Unidades de Proteção da Mulher (YPJ, sigla em curdo) e a aliança internacional", diz a nota.

O principal componente das FSD é a milícia sírio-curda YPG, uma organização que a Turquia considera terrorista e uma simples extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, sigla em curdo).

CA/efe/dpa/afp