Desemprego atinge nível mais alto dos últimos três anos
6 de março de 2002O número de desempregados na Alemanha atingiu, em fevereiro, o nível mais alto dos últimos três anos. Em comparação a janeiro, no entanto, nota-se que o desemprego já não aumenta com o mesmo ímpeto. Havia 4.296.200 homens e mulheres sem trabalho em fevereiro, informou, nesta quarta-feira, o Departamento Federal do Trabalho. Isso significa 6.200 desempregados a mais do que em janeiro e 183.500 a mais do que em fevereiro de 2001. O índice (anual) de desemprego permaneceu inalterado em 10,4%.
A divisão leste-oeste continua sendo marcante no mercado de trabalho alemão:
- Oeste : 2.789.100 (total) -2.200 (janeiro) +166.300 (fevereiro 2001)
- Leste : 1.507.100 (total) +8.400 (janeiro) + 17.200 (fevereiro 2001)
Aumento pequeno não alterou taxa anual
- Enquanto a taxa de desemprego na parte ocidental do país continuou sendo de 8,3% em fevereiro, nos novos estados do leste (antigo território da Alemanha Oriental de regime comunista) ela aumentou de 19,1%, em janeiro, para 19,2% no mês passado.Eliminando-se os efeitos sazonais, houve apenas mil desempregados a mais em fevereiro na Alemanha, totalizando 3,979 milhões, número bem inferior à expectativa dos analistas, que contavam com um aumento de 27 mil pessoas.
Melhora na primavera
- O vice-presidente do Departamento Federal do Trabalho, Heinrich Alt, porém, não vê indícios de uma recuperação da conjuntura a partir dos dados do mercado de trabalho. Ele ressaltou, contudo, que demora um certo tempo até a reativação stem efeito sobre a mão-de-obra. Alt conta com uma melhora na primavera, que começa oficialmente no final de março. Uma nova iniciativa do departamento para colocação de desempregados, muito teria contribuído, segundo ele, para reduzir o ritmo de crescimento do desemprego. Graças à contratação de 2 mil funcionários, puderam ser realizados, somente em fevereiro, 75 mil contatos a mais com empresas.Os analistas avaliaram de forma positiva o aumento moderado do desemprego em fevereiro. "O pequeno aumento surpreende e combina com o quadro que temos da conjuntura", diz Andreas Scheuerle, do DGZ-Dekabank, em Frankfurt. Segundo ele, o ponto mais baixo da conjuntura teria sido alcançado no último trimestre de 2001. No primeiro de 2002 haverá uma "recuperação moderada", com tendência a acelerar-se no correr do ano.