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Devagar com o andor que o santo é de barro

Marcio Weichert1 de junho de 2002

Goleada alemã pode ser histórica e impressionar por seus números. Porém, Arábia Saudita não foi adversária à altura de um mundial.

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A goleada de 8 a 0 sobre a Arábia Saudita em sua estréia no Japão desencadeou uma onda de otimismo na Alemanha com o desempenho que sua seleção poderá ter na Copa do Mundo. Mas será que o placar histórico basta para apagar os passos que esta seleção deu antes de chegar desacreditada ao mundial?

Se por um lado está correto avaliar que a Seleção Alemã fez uma atuação "impecável", por outro teve um adversário que ficou longe de justificar sua presença na Copa. Como identificar deficiências numa equipe que nem sequer foi exigida em campo?

Alemanha e Arábia Saudita fizeram uma partida em que parecia haver adultos jogando contra crianças. Não só em termos de tamanho, mas também de experiência.

Colocar a bola dentro do gol saudita foi apenas questão de tempo para o ataque alemão. Já a defesa – sabidamente o ponto fraco do time de Rudi Völler – tirava a bola dos pés dos atacantes sauditas tal como quem rouba pirulito de criança. E o goleiro Kahn bem que poderia ter ido para as arquibancadas assistir ao jogo. De lá teria assistido tudo de forma bem mais confortável do que em sua pequena área, onde praticamente não teve o que fazer.

E só para alimentar os supersticiosos: na fase preparatória, a Alemanha enfrentou o Kuwait, com o objetivo de ensaiar para a estréia contra a Arábia Saudita. Venceu o amistoso por 7 a 0. Fez um gol a mais no desafio real. O próximo compromisso alemão é contra a Irlanda. Para preparar-se para este confronto, a Seleção Alemã escolheu o País de Gales. E perdeu por 1 a 0.