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Diploma do Nobel da Paz é posto sobre a cadeira vazia de Liu Xiaobo

10 de dezembro de 2010

Cerimônia de entrega do prêmio transcorreu sem a presença do laureado, o dissidente chinês Liu Xiaobo, que cumpre pena na China. Presidente do Comitê do Nobel pede libertação imediata do ativista.

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Presidente do Comitê do Nobel senta junto a cadeira vazia de Liu XiaoboFoto: AP

Sob intensos protestos do governo da China, o escritor e dissidente chinês Liu Xiaobo foi laureado nesta sexta-feira (10/12) em Oslo, na Noruega, com o Prêmio Nobel da Paz.

O presidente do Comitê do Nobel, Thorbjoern Jagland, colocou simbolicamente a distinção sobre uma cadeira vazia, já que Liu e seus familiares foram impedidos pelo governo em Pequim de comparecer à cerimônia. O ativista cumpre pena de 11 anos de prisão após ter exigido mais liberdade de expressão e democracia no seu país.

Esta foi a primeira vez, desde 1936, que o Nobel da Paz não pôde ser entregue ao premiado ou a um de seus familiares.

Em seu discurso, Jagland exigiu que o governo chinês liberte Liu imediatamente, ao assinalar que o ativista apenas defendeu seus direitos como cidadão. “Ele não fez nada de errado.”

Quinze países boicotaram a cerimônia, entre eles a Rússia, o Afeganistão, o Iraque, Cuba e Venezuela, além da própria China. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que o laureado incorpora valores universais. Obama também apelou à China para que liberte rapidamente o escritor. "Ele merece este prêmio muito mais do que eu", disse Obama, distinguido em 2009 com o Nobel da Paz.

AS/dpa/rtr/lusa
Revisão: Carlos Albuquerque