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Direita vence eleições na Dinamarca

Assis Mendonça20 de novembro de 2001

Os dinamarqueses elegeram nesta terça-feira um novo Parlamento. Tudo indica que haverá uma mudança de governo.

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O debate sobre imigração dominou a campanha eleitoral na DinamarcaFoto: AP

As pesquisas de boca de urna nas eleições para o Folketing (Parlamento dinamarquês) indicam uma forte guinada para a direita na Dinamarca. O partido oposicionista liberal Venstre, liderado por Anders Fogh Rasmussen, teria obtido cerca de 33% dos votos, melhorando consideravelmente o seu resultado de 1998, quando obteve 24%. Com 172 a 175 cadeiras, o Venstre terá a maior bancada.

Já os social-democratas, chefiados pelo atual primeiro-ministro Poul Nyrup Rasmussen, estão ameaçados de um fiasco eleitoral, caindo de 35,9% (em 1998) para cerca de 29%, seu pior resultado desde 1973. "Após nove anos, os eleitores simplesmente querem ver novas caras", avaliou o ministro do Exterior, Mogens Lykketoft.

Nas eleições desta terça-feira, quatro milhões de eleitores decidiram sobre 984 candidatos de dez partidos, que disputaram os 179 mandatos parlamentares em Copenhague. Desde 1998, a Dinamarca é governada por uma coalizão entre os social-democratas (SD) e o Partido Radical (RV), de linha social-liberal. O governo é tolerado no Parlamento pelas bancadas do Partido Popular Socialista (SF) e pela Lista Unitária Vermelha-Verde.

O tema que dominou a campanha eleitoral foi a política de imigração do governo de Copenhague, vista com insatisfação por grande número de dinamarqueses. Os debates favoreceram o Partido Popular Dinamarquês (DF), de extrema direita, que fez toda a sua campanha com base em lemas xenófobos.

Apesar disto, o vitorioso Anders Rasmussen já descartou a hipótese de formar um governo com os extremistas. Ele pretenderia uma coalizão entre seu partido Venstre e o Partido Popular Conservador (KF). No entanto, é provável que a aliança necessite da tolerância dos radicais do DF no parlamento.