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Disputa pelo poder se acirra em Bangladesh

6 de janeiro de 2015

Secretário-geral do partido de oposição BNP é preso após protesto contra o governo terminar com ao menos quatro mortos. Líder da legenda, Khaleda Zia pode ser acusada de tentativa de homicídio.

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Foto: picture-alliance/epa/A. Abdullah

A polícia de Bangladesh prendeu nesta terça-feira (06/01) o líder da oposição Mirza Fakhrul Islam Alamgir, do Partido Nacionalista de Bangladesh (PNB), após ao menos quatro pessoas terem morrido durante um comício político na capital Daca.

Alamgir foi acusado de incêndio criminoso, ataques com bomba e vandalismo, de acordo com um porta-voz da polícia. O secretário-geral do maior partido de oposição do país teria supostamente incitado simpatizantes do PNB a participarem de uma série de protestos violentos.

A polícia proibiu comícios e manifestações em Daca depois que o PNB e seus aliados convocaram nesta segunda-feira o comício contra as eleições gerais realizadas há um ano, em 5 de janeiro de 2014.

Simpatizantes da oposição entraram em confronto com policiais e ativistas do partido do governo, Liga Awami. A oposição também ordenou o bloqueio de ruas, estradas e vias fluviais do país.

"Este governo não eleito transformou o governo numa prisão", acusou Alamgir. O BNP e 19 outros partidos de oposição boicotaram as eleições do ano passado, afirmando que seriam fraudadas.

Também nesta terça-feira, as autoridades ameaçaram indiciar a líder do PNB, Khaleda Zia, derrotada nas eleições de 2014, por tentativa de homicídio. O motivo foi o incêndio de um veículo que deixou três pessoas gravemente feridas na semana passada e por trás do qual se acredita estarem membros do PNB.

Nesta segunda-feira, a primeira-ministra Sheikh Hasina, que derrotou Zia nas últimas eleições, acusou a rival de incitar anarquia. Hasina e Zia se alternaram no poder durante a maior parte das últimas três décadas e frequentemente trocam insultos.

Outro sinal de que o governo está determinado a silenciar críticos foi dado quando as autoridades forçaram uma rede de televisão privada a sair do ar nesta terça-feira e prenderam seu presidente. As medidas foram tomadas um dia depois da transmissão de um discurso do filho de Zia, exilado em Londres.

LPF/dpa/afp/ap