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DNA desconhecido é encontrado no apartamento de Nisman

10 de fevereiro de 2015

Pessoas que estiveram com o promotor argentino serão convocadas para comparação de material genético. Imprensa local diz que DNA foi encontrado em xícara de café.

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Nisman estava investigando o atentado contra um centro judaico em Buenos Aires.Foto: picture-alliance/dpa/Cezaro De Luca

Legistas argentinos identificaram nesta terça-feira (10/02) o DNA de uma outra pessoa no apartamento do promotor Alberto Nisman, encontrado morto em 18 de janeiro, um dia antes de apresentar detalhes de uma denúncia contra a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Os investigadores esperam que o DNA possa ajudar a esclarecer o caso. Nisman foi encontrado morto no banheiro de seu apartamento com uma bala na cabeça. A arma do crime estava ao lado do corpo.

De acordo com a juíza que investiga o caso, pessoas que visitaram Nisman nos dias anteriores à sua morte serão chamadas para fornecer amostras de DNA para comparação.

Entre elas está Diego Lagomarsino, um colaborador de Nisman que esteve no apartamento um dia antes da morte do promotor para lhe entregar a arma do crime. Nisman teria solicitado a arma, disse Lagomarsino. A imprensa argentina diz que o DNA foi encontrado numa xicará, e Lagomarsino disse que havia tomado um café no apartamento de Nisman.

A promotoria pública que investiga o caso disse ter indícios de que Nisman teria realmente cometido suicídio, segundo o jornal diário La Nación. A bala teria sido disparada de um ângulo de 30 graus, pouco acima da orelha, e de uma distância inferior a um centímetro, noticiou o jornal.

Na arma do crime e nas roupas de Nisman só foram encontrados material genético com o DNA do próprio promotor.

O secretário-geral da presidência, Anibal Fernández, afirmou à imprensa que tudo indica que Nisman cometeu suicídio. Amigos do promotor, contanto, duvidam dessa hipótese.

Nisman estava investigando o atentado contra um centro judaico em Buenos Aires, em 1994, que deixou 85 mortos. Ele havia elaborado um mandado que acusava Kirchner de tentar encobrir a participação de suspeitos iranianos no ataque e apresentaria a denúncia ao Congresso um dia após a sua morte.

CN/rtr/epd/afp/dpa