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Dupla brasileira do 49er FX conquista ouro inédito na vela

18 de agosto de 2016

Martina Grael e Kahena Kunze vencem medal race por apenas dois segundos e mantêm tradição de medalhas da vela brasileira em Jogos Olímpicos com o primeiro ouro feminino para o esporte.

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As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze
As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze depois da conquista da medalha de ouro na classe 49er FX nos Jogos de 2016Foto: Getty Images/AFP/W. West

As campeãs mundiais na classe 49er FX de 2014, Martine Grael e Kahena Kunze, confirmaram nesta quinta-feira (18/08) que a tradição de suas famílias na vela é levada adiante pelos mais jovens. A dupla venceu a regata final e conquistou a medalha de ouro na classe 49er FX.

A conquista é histórica para a vela brasileira. Martina e Kahena são as primeiras velejadoras medalhistas de ouro em Jogos Olímpicos. É também apenas a segunda medalha feminina da vela brasileira, depois do bronze de Isabel Swan e Fernanda Oliveira na classe 470 em Pequim 2008.

A disputa pelas medalhas chegou completamente em aberto à medal race – corrida final que vale pontuação dobrada. Martina e Kahena e as duplas de Espanha, Nova Zelândia e Dinamarca chegaram para a decisão com 46, 46, 46 e 47 pontos perdidos, respectivamente.

A dupla brasileira ultrapassou as neozelandesas Alex Maloney e Molly Meech depois da última boia e venceu a regata por apenas dois segundos de vantagem. Com a primeira colocação somaram somente 2 pontos, terminando a classificação geral com 48 pontos perdidos. A prata ficou com as neozelandesas e o bronze foi para as dinamarquesas Jena Hansen e Katja Steen Salskov-Iversen.

Martina e Kahena são filhas, respectivamente, dos ex-velejadores Torben Grael, maior medalhista olímpico do Brasil ao lado de Robert Scheidt (cinco), e Claudio Kunze, que foi campeão mundial júnior em 1973 na classe Pinguim.

Com o ouro histórico, a vela brasileira soma agora 18 medalhas em Jogos Olímpicos – a segunda modalidade com mais medalhas do Brasil. Martina e Kahena também evitaram que o Brasil ficasse sem medalhas na vela, o que não acontecia desde os Jogos de 1992. Além disso, elas podem se considerar por quatro anos as únicas campeãs olímpicas da 49er FX, já que a classe estreou nos Jogos do Rio de Janeiro.

PV/efe/ots