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Edmund Stoiber, um adversário mordaz, conservador e enérgico

hd / rw

O rival de Gerhard Schröder na disputa pela chancelaria federal é o governador da Baviera, Edmund Stoiber, de 60 anos.

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Enquanto governador da Baviera, Stoiber garantiu duas vezes maioria absoluta a seu partido no EstadoFoto: AP

Nascido em 28 de setembro de 1941 em Oberaudorf (Baviera), Edmund Stoiber estudou Direito e Ciências Políticas em Munique. Em 1974, foi eleito deputado estadual por voto distrital. Além disso, foi secretário-geral da União Social-Cristã CSU (1978-1983), chefe de gabinete do governo bávaro (1982-1988), secretário estadual do Interior (1988-1993) e vice-presidente do partido (1989-1993). Em 28 de maio de 1993, tornou-se governador da Baviera e, em 16 de janeiro de 1999, assumiu a presidência da CSU.

O presente de aniversário mais ambicionado pelo governador da Baviera quando completar 61 anos, neste 28 de setembro, será a maioria de votos para o seu partido e a irmã em nível nacional, a União Democrata-Cristã (CDU). Como a eleição do chefe de governo na Alemanha é indireta, estaria assim garantida sua votação à chancelaria federal.

Seria o coroamento de uma carreira política iniciada pelo jurista no início da década de 70, na Baviera. Suas estreitas relações com o então governador bávaro Franz-Joseph Strauss, em 1982, lhe garantiram a chefia gabinete de governo, que ocupou por seis anos.

Político de linha dura - Após a morte de Strauss, em 1988, Stoiber assumiu a pasta do Interior, onde priorizou a segurança interna e tematizou as políticas de imigração, para estrangeiros e de asilo político. Sua advertência sobre "uma sociedade multinacional em solo alemão" valeu-lhe o estigma de político de linha dura. No cenário nacional, conquistava cada vez mais atenção.

Quando Max Streibl foi obrigado a renunciar ao cargo de governador, em maio de 1993, depois de uma série de escândalos, Edmund Stoiber conseguiu se impor diante de Theo Waigel, mais tarde ministro das Finanças de Helmut Kohl. Por duas vezes, Stoiber garantiu ao seu partido maioria absoluta em eleições estaduais. Um desempenho que em 1999 lhe valeu a presidência da CSU, um partido pequeno, mas forte, que só tem representação na Baviera.

Passo a passo, ele projetou a importância econômica de seu estado em nível nacional e defendeu os direitos dos estados alemães na União Européia. Sua imagem não foi arranhada nem por pequenos escândalos de vários tipos e conflitos internos no partido bávaro e seu nome consolidou-se como figura-chave na candidadura à sucessão de governo, ao lado de Angela Merkel, do grande irmão e partido-parceiro, CDU.

Até que, em janeiro deste ano, Merkel anunciou sua desistência, deixando livre o caminho a Edmund Stoiber como candidato da CDU/CSU à chancelaria federal alemã.

Edmund Stoiber in New York
Com a esposa, Karin, de férias em Nova YorkFoto: AP

Vida privada

– Edmund Stoiber é o mais novo de três filhos (duas irmãs são mais velhas), cujo pai trabalhava no escritório de uma empresa de construção civil. Em 1948, seu pai foi libertado pelos Aliados e passou algum tempo desempregado. O novo trabalho fez com que a família se instalasse em Munique, onde as crianças tiveram acesso a boas escolas.

Edmund formou-se em Direito em 1971 e ingressou na vida política. Em 1968, casou-se com Karin, que trabalhava como bancária. A primeira filha do casal, Constanze, nasceu em 1971, ano em que Karin largou o emprego para dedicar-se à família.

A segunda filha, Veronica, nasceu em 1977 e o único filho, Dominic, em 1980. A exemplo do pai, as duas garotas estudaram Direito. Constanze, casada desde 1999, tem dois filhos: Johannes e Benedict.