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Mais partidos e mais candidatos

Nina Werkhäuser (sv)10 de setembro de 2013

A eleição parlamentar deste 22 de setembro terá 900 concorrentes a mais ao cargo de deputado federal. Também o número de partidos que participam do pleito é maior do que quatro anos atrás.

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Foto: picture-alliance/dpa

Ao lado dos tradicionais partidos União Democrata Cristã (CDU), Partido Social-Democrata (SPD) e Os Verdes, outras 29 facções participam do pleito. Nove delas concorrem pela primeira vez, como o "Partido dos Não Eleitores" e a "Alternativa pela Alemanha", crítica ao euro.

O alto número de partidos leva, por sua vez, a um número pouco habitual de candidatos: são 4451 pessoas concorrendo a uma cadeira no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão – exatos 900 a mais que nas últimas eleições parlamentares, realizadas há quatro anos. "Essa evolução não confirma, na minha opinião, a tese corrente de que ocorre um cansaço dos cidadãos em relação à política", comenta Roderich Egeler, coordenador da votação.

Egeler sabe praticamente todos os dados e fatos relacionados ao pleito no país. É ele quem vai comunicar, na noite de 22 de setembro, qual partido saiu vencedor das urnas. Até agora, só uma coisa está clara: o novo Parlamento terá pelo menos 598 mandatos.

Symbolbild Bundestag leerer Plenarsaal Einführung 5 Prozent Hürde
Meta dos candidatos: chegar ao Bundestag em BerlimFoto: picture-alliance/dpa

Mulheres: somente 25%

Embora a Alemanha já venha sendo governada há oito anos por uma mulher – a chanceler federal Angela Merkel –, no Parlamento os homens formam uma clara e ampla maioria. Na próxima composição do Bundestag não será diferente, confirmam os dados divulgados por Egeler: o país terá apenas 25% de parlamentares do sexo feminino. Desde as últimas eleições, em 2009, a parcela feminina no Bundestag até diminuiu um pouco.

E no quesito participação feminina há diferenças sensíveis entre os partidos com representação no Parlamento: os verdes, hoje na oposição, possuem a percentagem mais alta de mulheres candidatas: 44%. O menor percentual fica com o FDP (sigla em alemão do Partido Liberal Democrata), com apenas 20%. A maior representação de mulheres entre todos é do Partido Feminista – As Mulheres, com 100% de candidatas, mas com pouquíssimas chances de chegar ao Parlamento.

De 18 a 90 anos

Para ocupar uma cadeira no Bundestag é preciso ter no mínimo 18 anos: a idade exata da candidata mais jovem do país, na Baviera. E o mais idoso tem 90 anos, demonstrando coragem de enfrentar ainda quatro anos de mandato.

A idade média dos candidatos é 47 anos. E a maioria dos 4451 concorrentes vem do setor de prestação de serviços, ou seja, de empresas, setor administrativo ou escolas. Apenas uma pequena parcela trabalha em profissões técnicas ou no setor agrícola.

Egeler não fornece dados a respeito do número de candidatos com histórico de migração, ou seja, aqueles com raízes em outros países. Segundo ele, os candidatos, para participarem do pleito, têm que ser cidadãos alemães, sendo irrelevante qualquer informação sobre suas origens – um dado que não é registrado neste contexto.

Roderich Egeler Pressekonferenz
Roderich Egeler é o coordenador da eleiçãoFoto: picture-alliance/dpa

Número de abstenções aumenta

O coordenador do pleito conclama claramente os 62 milhões de eleitores a comparecer às urnas, já que o voto não é obrigatório. Nas últimas eleições parlamentares, em 2009, quase 30% dos alemães deixaram de entregar seu voto, gerando o mais alto índice de abstenção da história do país.