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ELN liberta refém na Colômbia

6 de outubro de 2016

Civil é entregue à Cruz Vermelha em região próxima à fronteira com a Venezuela. Segundo maior grupo guerrilheiro da Colômbia deseja negociar paz com o governo, mas exigência para isso é a libertação de todos os reféns.

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Guerrilheiros do ELN na Colômbia
Foto: STR/AFP/Getty Images

O Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo maior grupo guerrilheiro da Colômbia, libertou nesta quinta-feira (06/10) um refém civil, anunciou a Cruz Vermelha.

"Um civil que estava em poder do ELN foi entregue hoje ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha", disse a organização, sem revelar a identidade dessa pessoa. O refém foi libertado na zona rural do município de Saravena, numa região remota próxima à fronteira do país com a Venezuela.

A Cruz Vermelha acrescentou que o refém foi levado para junto de sua família. O anúncio foi feito em meio a tentativas do governo de salvar o acordo de paz assinado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que foi rejeitado pela população no último domingo, em plebiscito.

A libertação do refém pode ser vista como um esforço do grupo para o avanço das negociações de paz com Bogotá. Nesta terça-feira, o ELN disse que desejava dar início à fase pública dos diálogos de paz com o governo colombiano.

Os contatos entre negociadores de Bogotá e o grupo tiveram início em 2014. Em 30 de março, o ELN e o governo colombiano anunciaram em Caracas, na Venezuela, o início de uma fase pública de diálogos de paz, cuja abertura foi condicionada, pelo Executivo, à solução de alguns "temas humanitários", como o fim dos sequestros. No entanto, essa fase ainda não começou, pois o grupo guerrilheiro mantém alguns reféns.

Não se sabe exatamente quantas pessoas o grupo mantém sequestradas. Após a libertação nesta quinta-feira, fontes oficiais estimam que restam pelo menos dois reféns em poder do ELN.

O ELN, inspirado na revolução cubana, teve origem numa insurreição camponesa de 1964, semelhante às Farc, e ainda mobiliza cerca de 2 mil combatentes. O grupo guerrilheiro é considerado uma organização terrorista pela Europa e pelos Estados Unidos.

O complexo conflito armado colombiano se prolonga há mais de 50 anos e envolve guerrilhas de extrema esquerda, paramilitares de extrema direita e Forças Armadas, além de grupos ligados ao narcotráfico. Acredita-se que tenha deixado mais de 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e 6,6 milhões de deslocados.

CN/afp/efe