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Empresários alemães na Argentina pedem fortalecimento do Mercosul

Paulo Chagas13 de fevereiro de 2002

Os investimentos alemães declinaram na Argentina e as empresas alemãs sentiram também o efeito da recessão. A Alemanha é o terceiro maior importador de produtos argentinos.

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A economia do país do Mercosul entrou em colapso e o consumo caiuFoto: AP

O chanceler federal alemão, Gerhard Schröder, será o primeiro chefe de Estado das nações industrializadas a visitar a Argentina desde que o país decretou a moratória e que Eduardo Duhalde assumiu a presidência. A viagem de Schröder, de caráter basicamente econômico, servirá para demonstrar solidariedade com a Argentina, embora não estejam previstos projetos concretos nem assinatura de acordos.

A agenda do chanceler federal, que viaja acompanhado do ministro alemão da Economia, Werner Müller, e de uma delegação de executivos, inclui um encontro com empresários alemães residentes na Argentina. Eles irão reivindicar de Schröder, principalmente, seu apoio para a remoção das barreiras às exportações argentinas e o fortalecimento do Mercosul.

As empresas alemãs estão sofrendo as conseqüências da prolongada recessão e da desvalorização do peso. O faturamento da Siemens caiu 20%, a DaimlerChrysler vendeu em janeiro 70% a menos de automóveis do que no mesmo mês em 2001. "O mercado está praticamente estagnado", lamenta Enrique Federico, diretor da DaimlerChrysler.

Investimentos de US$ 2,4 bilhões

– Os investimentos alemães na Argentina declinaram desde o fim da década de 90, sobretudo porque as firmas alemãs ficaram de fora do programa de privatização. Cerca de 220 empresas alemãs estão presentes na Argentina, dentre as quais Bayer, Volkswagen, Siemens, BASF, DaimlerChrysler, Deutsche Bank e Boehringer Ingelheim.

Seu volume de investimentos, desde 1990, eleva-se a 2,4 bilhões de dólares, colocando a Alemanha no sétimo lugar do ranking dos investidores estrangeiros. Os Estados Unidos estão em primeiro lugar (US$ 44,9 bilhões), seguidos da Espanha (US$ 29 bilhões), França (US$ 8,7 bilhões), Chile (US$ 8,5 bilhões), Itália (US$ 5,6 bilhões), Grã-Bretanha (US$ 5,3 bilhões) e Canadá (US$ 3,1 bilhões).

Terceiro maior importador

- O comércio bilateral entre a Alemanha e a Argentina atingiu seu apogeu em 1998 e desde então vem diminuindo. Em 2001, a Alemanha exportou 1,18 bilhão de euros, principalmente máquinas, automóveis, produtos eletrotécnicos e químicos. As importações alemãs atingiram 820 milhões de euros, o que significa que a Alemanha é o terceiro maior importador da Argentina, depois do Brasil e dos Estados Unidos.