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Empresas alemãs continuam apostando no Irã

(jp/gv)24 de janeiro de 2006

Enquanto a comunidade internacional considera uma resposta sobre o programa nuclear do Irã, a Alemanha tenta conciliar diplomacia com interesses econômicos.

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DaimlerChrysler é uma das muitas empresas estrangeiras no IrãFoto: dpa

Por muitos anos, a Alemanha tem exportado mais produtos para o Irã do que para qualquer outro país no Oriente Médio. Muitas companhias líderes da Alemanha têm investido pesado no país, especialmente nos setores automobilístico, de maquinário e químico. No ano passado, a Alemanha exportou para o Irã mercadorias no montante de 4,5 bilhões de euros.

Com mais de 1700 membros, a Câmara de Comércio e Indústria Teuto-Iraniana é, de acordo com seu website, a quinta maior representação em sua categoria no mundo. Usuários que acessarem seu website agora, no entanto, terão dificuldades para ler os nomes dos membros, que preferem ficar no anonimato temendo represálias norte-americanas.

O diretor da câmara, Michael Tockuss, disse que a Alemanha é o parceiro número um do Irã na área de construções. "Temos encomendas no montante de bilhões para companhias alemãs", disse Tockuss à rede de televisão ARD.

"Empresas de construção como Lurgi, Krupp-Uhde e DSD estão trabalhando em grandes projetos aqui." Tockuss complementou que a DaimlerChrysler está pronta para começar a produção local de seus Classe E e que a Volkswagen já está muito bem estabelecida no país. Segundo Tockuss, a indústria alemã de máquinas tradicionalmente exporta um bilhão de euros ao ano para o Irã, país que inclusvie já ultrapassou o Canadá e a Índia em importância de parceria para a Alemanha neste segmento.

EUA desaprovam laços empresarias entre Alemanha e Irã

O engajamento comercial da Alemanha nessa república islâmica tem sido há um bom tempo fonte de desacordos entre Berlim e Washington.

Em razão dos recentes acontecimentos, outros países também têm discutido sobre como, por um lado, enviar uma clara mensagem para Teerã contra o reinício do programa nuclear e, de outro, proteger os interesses econômicos. A China, por exemplo, aposta no petróleo iraniano para abastecer a sua economia em crescimento. A Rússia, também, aparentemente não tomaria nenhuma iniciativa que pudesse pôr em risco seus laços comerciais.

Embora o comércio do petróleo iraniano não chegue a perfazer 0,5% do petróleo importado pela Alemanha, restrições comerciais internacionais poderiam ser muito caras para o comércio alemão. Apesar da ameaça de sanções, é provável que as empresas alemãs se mantenham no Irã.