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Êxito empresarial

DW / Agências (sm)24 de julho de 2008

Firmas familiares dominam iniciativa privada alemã, tendo grande peso na economia e no mercado de trabalho. Recentes incorporações chamam atenção para o poder dessa estrutura empresarial de êxito.

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Grupo SchaefflerFoto: AP

As empresas familiares alemãs mostram cada vez mais autoconfiança, tendo se tornado constante assunto da mídia nos últimos tempos, em decorrência de uma sucessão de incorporações. A montadora alemã de carros esportivos Porsche, em posse das famílias Porsche e Piech, anunciou em setembro de 2006 a incorporação do conglomerado Volkswagen.

No ano passado, a empresa familiar Haniel, de Duisburg, aumentou sua cota de ações na rede comercial Metro, tornando-se um investidor decisivo. As tentativas da Schaeffler, uma empresa familiar da região da Francônia (no sul da Alemanha), de incorporar a Continental, o quinto maior produtor de pneus do mundo, mostram a nova autoconfiança das empresas familiares alemãs.

Quase todas as empresas são negócios de família

Durante muito tempo, as empresas familiares foram subestimadas. Na Alemanha, contudo, este tipo de firma é dominante no cenário empresarial. Alguns dos conglomerados de alto faturamento do país – como o grupo Schwarz, das redes comerciais Lidl e Kaufland, a Robert Bosch ou Aldi – pertencem a famílias. Um terço de todas as grandes empresas que movimentam mais de 50 milhões de euro têm essa estrutura.

De acordo com um estudo do Instituto de Economia Alemã, de Colônia, mais de 94% das firmas alemãs são familiares. Elas geram 57% dos empregos e representam 42% do faturamento empresarial no país. Entre 2003 e 2006, as firmas desse tipo geraram mais empregos do que outros tipos de empresas.

Pouca produção fora do país

Outra característica das empresas familiares alemãs é sua predileção pela produção dentro do país. Mais de 95% de seu faturamento provém de produtos fabricados na Alemanha, segundo comprovou uma enquete realizada pelo instituto de Colônia com 6.100 empresas. A cota de produção no exterior soma 4,9% nas firmas familiares, menos que em empresas de outros tipos, com uma cota de 7,5%.

A enquete também revelou que 12% das empresas consultadas temem uma redução de suas atividades e talvez até a insolvência. Sobretudo as empresas familiares de pequeno porte contam com problemas no futuro. A Federação das Empresas Familiares ASU prevê uma onda de falências diante da crescente inflação. Pode ser que inúmeras firmas desse tipo não consigam sobreviver ao aumento de preços.