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Empresas querem atrair mulheres para profissões técnicas e científicas

Heiner Kiesel (dp)9 de maio de 2013

Embora os empregadores na Alemanha assegurem que carreiras nas áreas da tecnologia e da ciência são garantia de boa renda, ainda falta mão de obra especializada nestas áreas.

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Foto: Fit in Mint

O mercado de trabalho precisa de mais pessoas que queiram trabalhar em profissões técnicas e científicas. Enquanto entre 2005 e 2010 as universidades formaram 59 mil pessoas a mais por ano em Matemática, Informática, Ciências Naturais e na área de tecnologia (MINT, das iniciais em alemão), nos cursos profissionalizantes o crescimento anual foi superior a 96 mil.

Estes dados fazem parte de um relatório apresentado pelo Instituto da Economia Alemã (IW, do alemão). Ainda segundo o estudo, a demanda está sendo suprida por profissionais mais velhos, mulheres e imigrantes.

"Em oito das 12 profissões analisadas que exigem curso superior, há mais vagas sendo oferecidas do que pessoas desempregadas", diz Michael Hüther, diretor do IW. No total, há 122.800 postos de trabalho não preenchidos. O problema da falta de jovens no país deve agravar a situação. Hüther projeta que em 2020 faltarão 1,4 milhão de profissionais, dos quais 156 mil em empregos que exigem curso superior.

Como uma parte da solução, Hüther apela por mais estímulos para despertar o interesse de mulheres pelas profissões técnicas e científicas.

Girls Day Schülerinnen vor dem Computer
Indústria quer atrair mais garotas para profissões técnico-científicasFoto: AP

Mais oportunidades para as mulheres

Thomas Sattelberger, ex-diretor de Recursos Humanos da Telekom, também pensa assim. "Atualmente, a participação feminina em profissões MINT é de 30%. A meta é alcançar 40%, através de mais informação nas escolas e até mesmo nos jardins de infância", conta Sattelberger, que coordena uma campanha neste sentido.

Sattelberger critica a falta de interesse feminino pela carreira técnica. "As mulheres perdem uma enorme chance de fazer sucesso e ter boa renda". Oliver Zander, presidente da associação das indústrias metalúrgica e de eletrônicos, salienta que pessoas com maior competência em Exatas e Ciências Naturais têm mais facilidade para chegar a postos de chefia. Para Zander, uma profissão nessas áreas traz ascensão social. Segundo ele, os pais de 57% dos que se formam em cursos MINT não fizeram curso superior.

Ele exemplifica as vantagens: "O emprego mais simples na indústria metalúrgica, como empacotador no almoxarifado, tem uma carga horária semanal de 35 horas e traz 2 mil euros ao mês. Mesmo assim, seis mil vagas para aprendizes não foram preenchidas nas indústrias metalúrgica e de eletrônicos".