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Liberdade de Imprensa

3 de maio de 2007

Sindicatos de jornalistas, Repórteres Sem Fronteiras e OSCE criticam leis antiterror que restringem a liberdade de imprensa. Com passeata de luto em Berlim, ONG lembra jornalistas mortos em 2006.

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Rússia e Brasil estão entre os países mais perigosos para jornalistasFoto: picture-alliance/ dpa

Organizações internacionais e entidades sindicais alemãs aproveitaram o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, nesta quinta-feira (03/05), para lembrar os jornalistas mortos em 2006 no exercício da profissão e criticar as restrições à liberdade de imprensa em países democráticos.

Segundo a União dos Jornalistas Alemães (DJU), entre outras medidas, leis antiterror, de proteção à honra pessoal e legislações fiscais são usadas como "instrumentos com poder de censura" em vários países, inclusive na Europa.

Luta contra o terrorismo x proteção à fonte

A Federação dos Jornalistas Alemães (DJV) mencionou as buscas secretas em computadores pessoais e o arquivamento de dados da comunicação telefônica e via e-mail como sinais de que a proteção à liberdade de imprensa está diminuindo na Alemanha.

A organização não governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF) criticou o fato de que nos EUA e em países da União Européia a "proteção à fonte de informação" freqüentemente é desrespeitada sob o pretexto da luta contra o terrorismo.

Segundo um relatório da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), apresentado em Bruxelas, vários dos 56 países-membros da organização apresentam décifits em termos de liberdade de imprensa. "A maioria dos problemas ocorre na área de proteção às fontes, não por último por causa do combate ao terrorismo", disse o encarregado de mídia da OSCE, Miklos Haraszti.

A RSF pediu mais segurança para os jornalistas. Segundo a entidade, no ano passado, 82 jornalistas morreram durante ou por causa do exercício de sua profissão; neste ano já são 24 vítimas.

"Marcha de luto"

BdT Deutschland Trauermarsch am Internationalen Tag der Pressefreiheit
'Marcha de luto' passou em frente ao Portão de BrandemburgoFoto: AP

Trajando roupas pretas, cerca de 50 membros da ONG fizeram uma "marcha de luto" nesta quinta-feira (03/05) entre a embaixada da Rússia em Berlim e a sede do Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) para lembrar os jornalistas assassinados.

Os manifestantes carregavam dez caixões de defunto simbolizando os países em que mais jornalistas foram mortos desde 2000: Iraque (119), Filipinas (33), Rússia (21), Colômbia (17), México (16), Afeganistão (11), Bangladesh (10), Índia (10), Sri Lanka (9) e Brasil (9).

Eles também distribuíram panfletos com a frase "em muitos países, a verdade é mortal" e com a informação de que 350 jornalistas foram mortos em todo o mundo desde 2000; outros 125 se encontram presos. (md/gh)