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Equipes de resgate retomam operações no Nepal

13 de maio de 2015

Novo tremor provoca deslizamentos de terra e desabamentos, dificultando a chegada de ajuda humanitária a comunidades isoladas. Sismo deixa dezenas de mortos e milhares de feridos, e ONU alerta que cifras devem aumentar.

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Foto: Getty Images/J. Gratzer

Após o segundo terremoto em pouco mais de duas semanas atingir o Nepal, equipes de resgate retomaram as buscas por sobreviventes nesta quarta-feira (13/05). Segundo o Ministério do Interior, 65 mortes foram confirmadas em decorrência do tremor, que provocou deslizamentos de terra e destruiu casas e edifícios.

Milhares de sobreviventes passaram a noite nas ruas, com medo de retornar às suas casas após o terremoto desta terça-feira. O tremor de magnitude 7,3 ocorreu apenas 17 dias após o pior sismo dos últimos 80 anos atingir o país.

Somadas, as mortes em consequência dos dois terremotos já passam de 8,2 mil. O novo tremor dificultou ainda mais a chegada de ajuda a comunidades isoladas em áreas montanhosas, carentes de água, alimentos e abrigo.

O Exército nepalês retomou as buscas por um helicóptero da Marinha americana desaparecido durante uma missão de ajuda humanitária no distrito de Dolakha, próximo à região abalada pelo último terremoto. O Pentágono informou que pode ter havido problemas com o combustível da aeronave, que levava seis militares americanos e dois nepaleses.

"Ainda não encontramos o helicóptero desaparecido, Quatro helicópteros foram enviados para procurá-lo", afirmou Laxmi Prasad Dhakal, porta-voz do ministério do Interior do Nepal.

"Estávamos nos concentrando na distribuição de ajuda humanitária, porém, desde ontem nossos recursos foram novamente empregados nas operações de resgate", acrescentou.

Número de vítimas deve aumentar

Além das dezenas de mortos, terremoto desta terça-feira, cujo epicentro estava localizado a 76 quilômetros de Katmandu, deixou ao menos 2 mil feridos. Na Índia, os tremores desta terça-feira deixaram 17 mortos.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Unocha, na sigla em inglês) afirmou que esses números ainda poderão aumentar, uma vez que continuam a surgir relatos de pessoas isoladas nas comunidades do Himalaia e de vilarejos soterrados pelos escombros.

Os distritos de Dolakha e Sindhupalchowk, que estavam entre os mais afetados pelo terremoto do dia 25 de abril, foram os mais abalados pelo sismo desta terça-feira.

A Cruz Vermelha informou ter recebido relatos de mortes em larga escala na cidade de Chautara, em Sindhupalchowk, onde um hospital de campo foi montado. "Centenas de pessoas estão no local. Os médicos já realizaram dezenas de cirurgias", afirmou a porta-voz da organização, Nichola Jones.

Cientistas afirmam que o terremoto desta terça-feira foi parte de uma reação em cadeia iniciada pelo abalo sísmico de abril.

"Terremotos de grande magnitude são normalmente seguidos por outros, às vezes com a mesma intensidade", diz Carmen Solana, vulcanóloga da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido. "Isso se deve ao movimento produzido pelo primeiro tremor, que adiciona pressão sobre as demais falhas e as desestabiliza."

RC/ap/afp