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Escalada da violência

15 de maio de 2011

Pelo menos 20 palestinos foram mortos pelo Exército israelense e dezenas saíram feridos numa nova escalada de violência no Oriente Médio. Ativistas palestinos convocaram na internet o início de uma "terceira Intifada".

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Manifestações ocorreram também em Gaza
Manifestações ocorreram também em GazaFoto: dapd

Pela primeira vez, depois de décadas, milhares de civis adentraram, a partir da Síria, a fronteira das Colinas de Golã fortemente vigiada pelo Exército de Israel. Segundo uma emissora israelense, pelo menos dez pessoas foram mortas na ocasião.

No sul do Líbano, outras dez pessoas também teriam sido mortas neste domingo (15/05) devido a disparos israelenses no momento em que milhares de refugiados palestinos se manifestavam do lado libanês para comemorar a "Nabka".

Segundo a agência de notícias AFP, os manifestantes palestinos foram atingidos na localidade libanesa de Maroun al-Ras, onde milhares de refugiados do Líbano lembravam a "catástrofe", como ficou conhecido o dia que assinala o exílio dos palestinos após a fundação do Estado de Israel em 1948 e a guerra entre árabes e israelenses, que levou à fuga de cerca de 700 mil palestinos.

Várias dezenas de jovens conseguiram romper o cordão do Exército libanês e concentraram-se perto da fronteira gritando "pela nossa alma, pelo nosso sangue, nos sacrificamos por ti, Palestina".

Palestinos na fronteira entre Líbano e Israel
Palestinos na fronteira entre Líbano e IsraelFoto: dapd

No sábado, o Exército israelense havia imposto a proibição de palestinos se deslocarem durante 24 horas para Israel, para prevenir eventuais confrontos. As manifestações que marcaram o início das comemorações da "Nakba" começaram na sexta-feira com vários incidentes na zona oriental de Jerusalém, na Cisjordânia.

Para este domingo, ativistas palestinos convocaram manifestações contra a ocupação israelense em redes sociais na internet. Avital Leibowitz, porta-voz das Forças Armadas de Israel, confirmou que o Exército do país estaria se preparando para "enfrentar a possibilidade de uma terceira Intifada palestina".

CA/dpa/lusa