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Escritórios do HSBC na Suíça são alvo de buscas

18 de fevereiro de 2015

Promotores públicos realizam ação após abertura de investigação contra a filial do banco no país, acusada de lavagem de dinheiro. Instituição teria ajudado clientes ricos a sonegar impostos em mais de duzentos países.

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Foto: picture-alliance/dpa

Procuradores de Genebra realizaram buscas nos escritórios da filial suíça do banco HSBC nesta quarta-feira (18/02), após abrirem uma investigação contra a instituição. Segundo denúncias reveladas na semana passada, o banco teria ajudado traficantes de drogas, negociantes de armas e celebridades a sonegar impostos.

Os procuradores afirmam que investigam o HSBC Private Bank (Suisse) por lavagem de dinheiro e que as investigações poderão ser estendidas a pessoas suspeitas de cometer ou participar de tais práticas. A investigação partiu de "recentes revelações públicas" sobre o banco, afirmam.

Segundo informações divulgadas na semana passada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICJ), o banco ocultou milhões de dólares ao ajudar clientes ricos a sonegar impostos.

A denúncia baseia-se em documentos vazados relativos ao período até 2007 e se refere a contas no valor de 100 bilhões de dólares de mais de cem mil pessoas e entidades legais em mais de duzentos países.

Um ex-funcionário do HSBC, Hervé Falciani, forneceu as informações para as autoridades tributárias francesas em 2008. A França compartilhou as informações com outros governos e iniciou investigações sobre o caso. O jornal francês Le Monde obteve uma versão dos dados e os entregou ao ICJ. Os documentos também foram analisados por 45 veículos de imprensa internacionais.

"Cooperamos ininterruptamente com as autoridades suíças desde que ficamos cientes sobro o roubo de dados em 2008, e continuamos a cooperar", afirmou a filial suíça do HSBC num comunicado emitido nesta quarta-feira.

O chefe da filial, Franco Morra, afirmou na semana passada que o banco havia encerrado as contas dos clientes que "não atingiam nossos altos padrões" e que as revelações serviam como alerta de que o antigo modelo de negócios dos bancos privados na Suíça não é mais aceitável.

RC/ap/dpa/rtr