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"Estado Islâmico" derruba helicóptero militar iraquiano

13 de dezembro de 2014

Ação levanta questionamentos sobre capacidade dos jihadistas de atingir aeronaves durante ataques aéreos do Ocidente. Em Homs, radicais decapitaram quatro pessoas acusadas de "blasfêmia".

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IS Kämpfer Archivbild 2013
Foto: picture alliance/ZUMA Press/M. Dairieh

O grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) derrubou um helicóptero militar do Iraque, matando os dois pilotos a bordo, segundo agentes do governo divulgaram neste sábado (13/12). A informação aumenta as preocupações das forças aliadas, lideradas pelos Estados Unidos, sobre a capacidade dos jihadistas de atingir aeronaves que vêm realizando ataques aéreos contra o grupo no Iraque e também na Síria.

O ataque ao helicóptero ocorreu na noite de sexta-feira na cidade sagrada sunita de Samarra, a 95 quilômetros de Bagdá. Segundo um servidor do ministério da Defesa iraquiana, os militantes sunitas usaram um lança-mísseis para derrubar o helicóptero EC635, usado para transporte, vigilância e combate.

Em outubro, os jihadistas haviam derrubado outros dois helicópteros iraquianos perto da cidade de Beiji. Há temores de que os militantes do EI tenham capturado mísseis superfície-ar, capazes de derrubar aviões, quando ocuparam bases militares no Iraque e na Síria.

Há alguns meses, companhias aéreas como a Delta, Emirates, KLM e Air France mudaram a rota de vários voos a fim de evitar o espaço aéreo iraquiano.

Quatro decapitações

Ainda neste sábado, o grupo extremista decapitou quatro homens na província de Homs, no centro da Síria, por blasfêmia, segundo afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado em Londres. A informação também foi confirmada por um site jihadista, que mostrou ainda fotos dos acusados ajoelhados, de olhos vendados e mãos atadas.

Os quatro foram executados diante da população local por supostamente terem insultado Alá. Moradores da região e ativistas têm relatado diversos casos de decapitação e apedrejamento de pessoas nas áreas sob controle do grupo na Síria e no Iraque por ações consideradas contrárias às leis islâmicas, como blasfêmia, adultério e roubo.

Além de executar pessoas acusadas de atacar o Islã, criticar o grupo islâmico ou colaborar com as autoridades sírias e iraquianas, o EI também extermina seus próprios dirigentes em caso de corrupção ou desobediência.

MSB/ap/rtr/dpa