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"Estado Islâmico" liberta mais de 200 yazidis no Iraque

8 de abril de 2015

Curdos peshmerga dizem ter acolhido membros da minoria religiosa, vistos pelos jihadistas como infiéis. Maioria dos prisioneiros são idosos ou doentes, que estavam há meses nas mãos do EI.

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Foto: picture-alliance/AP

O grupo extremista "Estado islâmico" (EI) libertou mais de 200 prisioneiros da minoria yazidi no Iraque, disse nesta quarta-feira (08/04) um comandante das forças dos curdos peshmerga. Os libertados estavam nas mãos do EI há meses e eram, em sua maioria, idosos ou doentes.

"Acolhemos 227 yazidis, entre eles mulheres e crianças", afirmou o major-general Westa Rasul, comandante dos peshmerga. "Negociávamos há dias com sheiks tribais em Hawijah e conseguimos a libertação dos yazidis sequestrados", comemorou o militar, se referindo à cidade dominada pelo EI na província de Kirkuk.

Os yazidi haviam sido libertados nesta segunda-feira na província de Nínive, mas levaram dois dias para chegar ao território controlado pelos peshmerga na província de Kirkuk. Entre os libertados havia também dois cristãos.

Esta é a segunda libertação em massa de prisioneiros realizada pelo EI. Em janeiro, cerca de 200 pessoas, sendo a maioria idosos, haviam sido libertadas pelos islamistas.

Uma ofensiva do EI em agosto do ano passado teve como alvo áreas do norte do Iraque que abrigavam um grande número de minorias. Os yazidi, que praticam uma religião singular, foram um dos alvos principais. Eles são considerados infiéis pelos jihadistas.

Em março, a ONU pediu ao Conselho de Segurança da entidade que encaminhasse ao Tribunal Penal Internacional (TPI) acusações contra EI referentes a crimes contra a humanidade e de guerra cometidos contra os yazidis.

Um relatório da ONU aponta que mulheres e crianças da minoria foram tratadas como "espólio de guerra", sendo muitas vezes submetidas a estupros ou escravidão sexual. Além disso, o documento divulgado em março alerta que forças iraquianas e milícias afiliadas também podem ter cometido crimes de guerra nos combates contra os insurgentes.

RC/afp/rtr