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"Estado Islâmico" volta a atacar Kobane

25 de junho de 2015

Jihadistas conseguem entrar na cidade síria depois de detonar carro-bomba perto da fronteira com a Turquia. Disfarçados com uniformes das forças curdas, milicianos abrem fogo também contra civis.

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Foto: picture-alliance/dpa/Antonio Pampliega

Jihadistas do "Estado Islâmico" (EI) entraram na cidade síria de Kobane, perto da fronteira com a Turquia, nesta quinta-feira (25/06), em meio a intensos combates com as forças curdas que defendem a região.

Segundo Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede em Londres, o grupo terrorista detonou carros-bomba em dois ataques suicidas próximo à fronteira com a Turquia. Os extremistas também executaram ao menos 20 curdos sírios, incluindo mulheres e crianças, numa vila ao sul de Kobane.

A imprensa curda relatou que os milicianos entraram na cidade vestidos com uniformes utilizados por soldados curdos e militantes do Exército Livre da Síria (ELS).

De acordo com a agência de notícias Welati, os jihadistas dispararam indiscriminadamente contra qualquer pessoa que estivesse andando nas ruas, vitimando civis. As autoridades locais recomendaram que os moradores não deixem suas casas até segunda ordem.

As forças curdas libertaram a cidade estratégica de Kobane no fim de janeiro, com o apoio de ataques aéreos efetuados pelos Estados Unidos.

Nesta quarta, os terroristas também atacaram a cidade de Hasaka, no norte da Síria, e conseguiram invadir duas localidades que estavam sob controle do governo sírio, informou o observatório internacional. Ao menos 30 homens armados, fiéis ao regime sírio, e 20 jihadistas foram mortos no conflito, que ainda está em curso.

O controle da cidade de Hasaka está dividido entre militares curdos e tropas fiéis ao regime do presidente Bashar al-Assad.

O ataque do "Estado Islâmico" ocorre dois dias depois de combatentes curdos tomarem, com o apoio dos EUA, a cidade de Ain Issa, no norte da Síria. Há uma semana, as forças curdas também conquistaram a cidade de Tel Abyad, usada como rota de abastecimento pelos extremistas na fronteira com a Turquia.

KG/dpa/afp