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EUA admitem erro ao não enviar alto escalão a Paris

13 de janeiro de 2015

A ausência notável de membros dos escalões mais altos do governo americano na marcha pela unidade em Paris foi amplamente criticada no Congresso e também pela imprensa do país. Casa Branca admite erro.

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Barack Obama / USA
Foto: Reuters

Após receber uma onda de críticas, a Casa Branca admitiu nesta segunda-feira (12/01) que cometeu um erro ao não enviar o presidente Barack Obama ou um alto oficial do governo à marcha pela unidade em Paris, no domingo.

"É correto afirmar que deveríamos ter enviado alguém do alto escalão", afirmou o porta-voz da Casa Branca, John Earnest. Ele acrescentou que motivos relacionados a segurança e ao curto tempo de preparação não permitiram que Obama pudesse participar do evento, que reuniu mais de 40 líderes mundiais.

"Os pré-requisitos de segurança de uma visita presidencial, ou mesmo do vice-presidente, são onerosos e significativos", explicou Earnest. O porta-voz afirmou que, apesar de a Casa Branca ter assumido a culpa pelo equívoco, o presidente não esteve pessoalmente envolvido na decisão de não participar da marcha.

Cerca de 1,5 milhão de pessoas, além de vários líderes internacionais, foram às ruas na capital francesa para prestar homenagem às vítimas dos ataques terroristas ao jornal satírico francês Charlie Hebdo e ao supermercado de produtos kosher.

Trauermarsch in Paris 11.1.2015
Diversos líderes internacionais participaram da marcha nas ruas da capital francesaFoto: Reuters/Wojazer

A única representante dos EUA no evento foi a embaixadora americana na França, Jane Hartley. O procurador-geral do país, Eric Holder, esteve em Paris, onde participou de uma reunião de segurança, mas não tomou parte na marcha.

Apesar das críticas feitas por membros do Partido Republicano e pela imprensa americana, o embaixador da França nos EUA, Gérard Araud, se reuniu na segunda-feira com o principal consultor de políticas antiterrorismo de Obama e agradeceu o país pelo "inabalável apoio dos EUA à França após os ataques".

"No que diz respeito às reações das autoridades americanas, estamos impressionados e comovidos desde o início da crise", afirmou a embaixada francesa em Washington.

RC/ap/rtr/afp