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Cúpula do G8

(nda)26 de maio de 2007

O governo norte-americano resiste em acatar as metas para redução de emissões de gases-estufa sugeridas pela Alemanha. Isso poderá levar a um impasse em Heiligendamm.

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Merkel e Bush poderão se confrontar na cúpula do G8Foto: AP

Os Estados Unidos fazem sérias objeções contra a proposta alemã sobre o aquecimento global, a ser discutida no encontro de cúpula do G8. Isso foi o que relatou o jornal norte-americano Washington Post no sábado (26/05), baseado em documentos oficiais.

Segundo o jornal, os conselheiros do presidente George Bush rejeitam a idéia de estipular metas obrigatórias para reduzir as emissões de gases poluentes e a sugestão de que os países do G8 elevem a eficiência energética em 20% até 2020.

Menos de duas semanas antes da cúpula do G8, a ser realizada de 6 a 8 de junho em Heligendamm, no norte da Alemanha, a proposta relativa ao clima global é a única questão que deverá gerar divergências no encontro, avalia o jornal.

"Sérias ressalvas" à proposta de Merkel

Representantes dos principais países industrializados estiveram reunidos nos últimos dois dias em Heiligendamm, a fim de negociar a proposta sobre o clima apresentada pela premiê alemã, Angela Merkel. A sugestão da Alemanha, que atualmente assume a presidência do G8, prevê, entre outras coisas, metas concretas para desacelerar o aquecimento global e reduzir até 2050 as emissões dos gases-estufa para menos de 50% dos níveis registrados em 1990.

"Os EUA fazem sérias ressalvas contra este esboço", afirma um documento oficial norte-americano datado de 14 de maio e citado pelo Washington Post. "O tratamento da mudança do clima vai contra a nossa posição geral e ultrapassa diversos limites, algo com que simplesmente não podemos concordar... Tentamos 'uma marcha leve', mas não podemos passar daí, considerando nossa oposição fundamental à posição alemã".

Concessões feitas até agora não bastam

A última versão da proposta, datada de 24 de maio, não possibilitou um consenso entre as partes. A Alemanha já cedeu, dispondo-se a adotar a meta de redução de gás-estufa menos ambiciosa sugerida pela Rússia, mas os EUA se mantêm intransigentes.

Segundo o Washington Post, o governo norte-americano também rejeitou outra formulação do documento, a saber: "Concordamos que a Organização das Nações Unidas é um fórum apropriado para negociar a futura atuação global em relação à mudança do clima".