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Europa também é tema na campanha de Bush

Marion Andrea Strüssmann3 de setembro de 2004

Durante sua campanha pela reeleição, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tem se referido a diversos países da Europa, inclusive a Alemanha.

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Bush e sua esposa na convenção do Partido RepublicanoFoto: ap

O atual presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, George W. Bush, voltou a salientar a importância histórica dos EUA na conquista da liberdade no mundo, no seu discurso frente à convenção nacional do Partido Republicano, na noite da quinta-feira (02/09) em Nova York.

Diante de mais de 55 mil pessoas entre delegados, convidados e jornalistas, Bush defendeu novamente a luta contra o terrorismo lembrando do engajamento internacional americano em épocas anteriores. Ele citou a ajuda prestada à Alemanha para que a democracia fosse implantada com sucesso no país no período do pós-guerra.

Imprensa alemã

O presidente americano já anunciou que a política de seu governo "continuará na ofensiva; vamos combater o terrorismo no estrangeiro para não precisar combatê-lo dentro de casa". A imprensa alemã observa atentamente o desenrolar da campanha americana.

Bush führt den Wahlkampf weiter
Bush em campanha eleitoralFoto: AP

O jornal Financial Times Deutschland publicou a seguinte análise: "Para os europeus é às vezes difícil de imaginar, mas na campanha presidencial americana o que conta para os eleitores não é a competência ou conceitos. É o caráter. Um comandante-em-chefe deve instintivamente saber distinguir entre bem e o mal, entre o certo e o errado – este é o argumento de Bush. Se ele realmente possui estas qualidades, isto deve ser questionado pelos opositores."

Situação melhor?

O Ostthüringer Zeitung fez um balanço da situação americana. "Poucos americanos estão vivendo melhor depois que Bush assumiu a presidência. Existem bem mais desempregados, o superávit orçamentário acabou em recorde de déficit público, o número de pessoas sem seguro saúde subiu para 45 milhões. Em tempos normais, isto bastaria para garantir uma derrota do presidente nas eleições. Acontece que não estamos vivendo um período normal, é o argumento principal de Bush nesta campanha pela reeleição".

Arnold Schwarzenegger auf dem Republikanerparteitag
O governador da Califórnia, Arnold SchwarzeneggerFoto: AP

A dois meses da eleição nos Estados Unidos, marcada para o dia 2 de novembro, a campanha eleitoral entrou em sua fase mais quente. Bush, que tem como principal adversário John Kerry, candidato do Partido Democrata, conta com aliados ferrenhos, como o ator Arnold Schwarzenegger, atual governador da Califórnia.

Quem tem razão?

Em Nova York, o austríaco que conquistou fama mundial protagonizando a série de O Exterminador do Futuro, chegou a afirmar que em 1968 "abandonou um país socialista", referindo-se ao seu país natal. A imprensa européia reagiu ao que considerou "uma difamação da Áustria".

Silvio Berlusconi
Primeiro-ministro da Itália, Silvio BerlusconiFoto: AP

Bush conta ainda com o apoio do ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, que também se referiu à Alemanha, conforme relata o Münchner Merkur: "Na convenção dos republicanos, o ex-prefeito Giuliani provocou os alemães com uma infâmia política e uma suposição histórica insustentável de que a Alemanha teria solto de forma intencional os assassinos das Olimpíadas de Munique. E, em Roma, o premiê Berlusconi apelou ao seu irmão de armas na Casa Branca para que ele impeça a todo o custo que a Alemanha consiga uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU. Enquanto o poder de veto americano do governo Bush continuar, a Alemanha não terá chances de uma cadeira permanente no Conselho de Segurança".

Massenproteste gegen Bush
Manifestação contra a política de BushFoto: ap

O Westfalenpost, por sua vez, duvida que o candidato republicano ganhe a eleição com facilidade: "Como presidente em época de guerra, Bush conseguiu impulsionar uma nação inteira através de sua luta contra o terrorismo. Esta luta, entretanto, já se tornou bastante polêmica até nos Estados Unidos. Os protestos anti-Bush em massa são a prova disso".