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Família divulga vídeo de abordagem policial em Charlotte

23 de setembro de 2016

Imagens gravadas no celular da esposa de Keith L. Scott, homem negro morto a tiros pela polícia nos EUA, mostram instantes antes e depois dos disparos. Ela afirma aos policiais que o marido não portava uma arma.

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Polícia nos EUA
Foto: Getty Images/S. Platt

Advogados da família de Keith L. Scott, morto a tiros pela polícia na cidade de Charlotte, no sul dos Estados Unidos, divulgaram nesta sexta-feira (23/09) um vídeo gravado pela esposa da vítima. As imagens mostram o momento da abordagem dos policiais e os instantes logo após os disparos.

As imagens, porém, não esclarecem se o homem estava desarmado e também não mostram o momento dos tiros, mas é possível ouvi-los. No vídeo de pouco mais de dois minutos, publicado pelo jornal americano The New York Times, é possível ouvir a esposa, Rakeya Scott, afirmando que o marido não portava uma arma. Ela diz ainda que ele tinha uma lesão intracraniana e acabara de tomar sua medicação.

Depois disso, Rakeya pede para Scott sair do carro para evitar que a polícia quebre a janela. Um policial grita pedindo que ele abaixe a arma. "Keith não faça isso", diz a esposa, em seguida. Não fica claro a que ela está se referindo.

Em entrevista ao The New York Times, um dos advogados da família de Scott, Justin Bamberg, afirma que Rakeya estava pedindo ao marido que ficasse parado após ele ter saído do carro.

Segundo depois, disparos são ouvidos. "Vocês atiraram nele? Vocês atiraram nele?", grita Rakeya e afirma que é melhor que seu marido não esteja morto. O vídeo mostra Scott no chão com vários policiais ao seu redor e, ao fundo, a voz da esposa perguntando se uma ambulância havia sido chamada.

De acordo com Bamberg, o vídeo não prova se os tiros foram justificados, mas revela outro ponto de vista do incidente. As imagens foram gravadas no celular de Rakeya, que estava levando um carregador para o telefone do marido quando percebeu a presença da polícia em volta do carro dele.

Scott, de 43 anos, foi morto a tiros pela polícia no estacionamento de um prédio na tarde de terça-feira. Segundo os agentes, ele estava armado e representava uma ameaça, versão contestada por parentes da vítima.

O caso gerou uma série de protestos em Charlotte e, em alguns deles, manifestantes entraram em confronto com a polícia. As manifestações exigem que as autoridades divulguem imagens de duas câmeras de segurança do momento em que Scott foi baleado.

CN/ots/ap/rtr