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Famílias coreanas separadas pela guerra se reencontram

24 de outubro de 2015

Depois de mais de seis décadas separados, 250 sul-coreanos reencontram parentes na Coreia do Norte. Visita foi negociada pelas duas Coreias em agosto. Esse é o segundo reencontro familiar dos últimos cinco anos.

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Foto: picture-alliance/dpa/Kppa Pool

Um grupo de 250 sul-coreanos viajou para a Coreia do Norte neste sábado (24/10) para se encontrar com 190 parentes que não veem há mais de seis décadas. Esse é o segundo encontro familiar organizado nos últimos cinco anos e faz parte de um acordo firmado em agosto entre as duas Coreias para atenuar as tensões entre os países.

O segundo grupo se reuniu dois dias depois do fim do primeiro encontro, do qual participaram 390 sul-coreanos e 180 norte-coreanos. Os parentes do sul levaram vários presentes, como roupas, relógios, medicamentos, comida e dólares em espécie.

Entre os participantes do reencontro estava Jung Gun-Mok, de 64 anos, que estava a bordo de um barco sul-coreano sequestrado pela Coreia do Norte em 1972, e sua mãe, de 88 anos, que não o via desde a década de 1970.

Jung é um dos 500 sul-coreanos sequestrados pela Coreia do Norte depois do fim da Guerra da Coreia (1950-1953), que consolidou a divisão da península. Embora negue os sequestros, o país ao norte permitiu que alguns dos indivíduos apontados pelo vizinho do sul como sequestrados participassem dos encontros familiares.

Koo Sang-Yeon, de 98 anos, era o sul-coreano mais velho presente. Ele encontrou duas filhas norte-coreanas. Koo, que era soldado e durante a guerra foi capturado pela Coreia do Sul, decidiu continuar no país depois de deixar a prisão.

Os encontros familiares são rigorosamente controlados e limitados a seis reuniões de duas horas em um salão. Atualmente, mais de 65 mil sul-coreanos estão na lista de espera para participar desses reencontros.

Loteria

A Coreia do Sul usa um sistema de loteria computadorizado para sortear cidadãos para os reencontros. Já a Coreia do Norte seleciona os participantes devido à lealdade ao líder do país autoritário. Cerca de 18,8 mil coreanos participaram dos 19 encontros realizados, desde o início do programa.

As reuniões são resultado da cúpula das Coreias, realizada em 2000, e se esperava que acontecessem anualmente, mas o evento de outubro é apenas o segundo em cinco anos. A Coreia do Norte tem frequentemente cancelado os encontros na última hora.

CN/afp/lusa/ap